O quê?
Filipe não acreditava:
— Como assim, é impossível!
— O que tem de impossível nisso? — Patrícia olhou ele com um olhar penetrante. — Será que na Cidade J só você, Sr. Pinto, é a pessoa capaz? Não estou pedindo a sua ajuda, eu tenho quem me ajude!
Quem poderia ajudá-la, claro, era Karina.
— Não vá embora! — Filipe agarrou com força o pulso de Patrícia, demonstrando raiva. — Quem? Quem é essa pessoa capaz? O Simão? Impossível que seja ele!
A família Nogueira, no círculo de nobres da Cidade J, não estava entre as mais influentes.
Além disso, ele havia dado instruções claras ao irmão de que Paulo deveria ouvir a opinião de Filipe sobre o assunto!
O irmão de Filipe sempre foi muito bom com ele, nunca falaria uma coisa e faria outra.
— Como não seria possível? — Patrícia, já irritada com a atitude arrogante dele, continuou: — O que tem o Simão? Por que você o despreza tanto? Ele é bonito, inteligente, tem boa família! Em tudo ele é melhor que você!
Após essas palavras, ela se soltou do braço de Filipe com um puxão violento e saiu correndo rapidamente.
— Patrícia!
Filipe, cada vez mais furioso, ficou em pé, pensando na situação.
Quem teria sido a pessoa que estragou seus planos?
Pegou o celular e ligou para Sandro Pinto.
Quando a ligação foi atendida, Filipe disparou:
— Irmão, como você fez isso? Como pôde soltar o Paulo?
Sandro respondeu calmamente:
— Eu te prometi, mas quem pediu ajuda foi o Ademir, não foi?
— Ademir? — Filipe ficou em silêncio por um momento, surpreso.
Ademir estava envolvido nisso?
Isso era fácil de entender, afinal, qual a relação de Patrícia com Karina? Elas eram irmãs por parte de pai e mãe, não?
Filipe, irritado consigo mesmo, bateu a mão na testa. Como foi que ele não percebeu isso antes?
— Que saco, da próxima vez não vou te levar mais comida, irmão, você nem merece!
Naquela noite, no Clube de Lazer Yayoi.
Ademir estava na porta, dando instruções a Bruno:
— Leve até lá, se a Karina perguntar por mim, diga que estou ocupado com trabalho.
— Tudo bem, entendi.
Depois de dar as ordens, Ademir se virou com um sorriso largo no rosto.
— Irmã. — O garoto segurou a mão de sua irmã. — A cirurgia de amanhã vai correr bem, não vai?
— Vai. — Karina acariciou a cabeça dele. — A cirurgia do Catarino é simples, não vai acontecer nada.
— Não é sobre o Catarino. — O menino balançou a cabeça. — Eu estou falando do tio, depois de amanhã, ele vai ficar bem, não vai?
Ao ouvir essas palavras, Karina sentiu uma dor no coração.
Nesse momento, o que seu irmão estava pensando não era nela? Será que isso também era um reflexo do laço sanguíneo?
Lucas realmente era um garoto de sorte.
Karina não soube expressar o que sentia, mas apenas acenou com a cabeça:
— Sim, o tio também vai ficar bem.
— Isso é bom. — O garoto relaxou, sorrindo levemente e fechando os olhos. — Então o Catarino não precisa se preocupar. Irmã, boa noite.
— Boa noite.
Era estranho, mas naquela noite, quem ficou ansiosa e sem conseguir dormir foi Karina.
— Karina, Karina?
— Karina, você acordou?
— Karina, acorde.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
O livro do Ademir...