Dizendo isso, ela já havia pegado um pedaço de carne, pronta para colocá-lo em seu prato.
Mas, para sua surpresa, Ademir abriu a boca para ela. O significado era claro: ele queria que Karina o alimentasse diretamente.
Karina hesitou. Ela tinha algo a pedir a ele e queria agradá-lo. Mas alimentá-lo assim era um pouco...
— Vamos, logo. — Ademir apressou ela, sem perceber o desconforto da mulher. — Minha boca já está cansada. Você realmente quer que eu coma ou não?
Karina então colocou a carne em sua boca.
Ademir fechou os olhos em satisfação, com os cantos dos olhos e as sobrancelhas sorrindo.
— Está delicioso.
Karina sorriu sem entusiasmo, querendo falar sobre Paulo, mas não conseguia encontrar as palavras.
Logo, a refeição estava quase no fim.
Ademir largou o prato e disse:
— Estou cheio...
Ele ia embora? Mas ela ainda não tinha falado nada.
— Beba uma tigela de sopa. — Karina pegou seu prato e serviu-lhe uma sopa. — A sopa que Wanessa fez é deliciosa.
— Sim. — Ademir sorriu. — Wanessa sabe disso. Essa sopa, que é trazida até aqui, foi feita de manhãzinha.
— Diga a Wanessa que foi um trabalho para ela.
Eles continuaram conversando lentamente, até que a sopa foi consumida.
Ademir pegou um guardanapo e limpou a boca:
— Acho que já deu. Eu...
— Que tal eu te cortar um pouco de fruta? — Karina, apreensiva, perguntou. — Tem morangos, cerejas e mangas. Qual você prefere? Ou talvez um pouco de cada?
Ela já estava se levantando enquanto falava.
— Karina. — No momento em que ela se levantou, Ademir pegou sua mão que estava sobre a mesa. Seus olhos estavam intensos. — Se você fizer isso, vai acabar me confundindo.
— O quê? — Karina ficou surpresa. Confundindo com o quê?
Ademir sorriu:
— Você está querendo que eu fique, não está? Não quer que eu vá?
— Não, não é isso! — Karina se assustou, balançando a cabeça e as mãos rapidamente. — Eu definitivamente não queria dizer isso!
Sério?
— Fale, do que se trata exatamente?
— É o seguinte... — Karina contou detalhadamente sobre a situação com Paulo, olhando para ele com expectativa. — Isso é um problema?
— Sim, é um problema. — Ademir terminou de cortar as frutas, puxou ela para sentar e lhe entregou um garfo.
— Para você também é um problema? — Karina perguntou, surpresa.
Ela pensava que, para ele, seria apenas algo pequeno.
Ademir colocou um morango na boca, mastigou lentamente e falou:
— Mover uma pedra, o esforço necessário é o mesmo para todos, porque o peso da pedra é o mesmo. Você entende?
Karina ficou em silêncio.
Ele queria dizer que isso iria consumir a energia dele, certo?
Isso significava que ele não queria ajudar?
Karina mordeu os lábios, com um sorriso amargo:
— Eu entendi... Não deveria ter pedido sua ajuda. Desculpe, pode esquecer o que eu disse...
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
O livro do Ademir...