O exame de Catarino hoje não foi muito extenso; parte foi realizada no quarto, e dois procedimentos que exigiam equipamentos específicos precisaram ser feitos no Edifício de Tecnologia Médica.
Após concluir, Catarino foi levado de volta ao quarto.
Karina recebeu uma ligação de Patrícia.
— Patrícia, onde você está?
— Ainda estou na delegacia.
— Você passou a noite inteira na delegacia?
— Sim.
Karina não sabia o que fazer; essa situação era algo que ela também não poderia ajudar.
— Você não dormiu a noite toda, isso não é bom, seu corpo vai ficar mal. Vai lá descansar um pouco, tudo bem?
— Eu não consigo dormir. — Disse Patrícia, com a voz chorosa. — Eu estava pensando em passar no hospital.
Karina, ao ouvir isso, imediatamente entendeu.
— Vai ver a pessoa que seu irmão machucou?
— Sim. — Patrícia respondeu, a voz carregada de emoção. — Papai e mamãe disseram que eles não querem aceitar o acordo, mas eu preciso tentar, de qualquer jeito.
Karina entendia bem o que ela sentia. Se fosse ela, faria o mesmo.
— Então, venha aqui, eu vou te esperar. Vou te fazer companhia.
— Tá bom.
— Até logo.
Após desligar, Ademir já havia saído do quarto e estava de frente para ela, com seu rosto charmoso.
Karina sorriu.
— Desculpe te incomodar, você tem algo para fazer, né? Melhor você ir.
— E você?
O homem olhou rapidamente para o celular de Karina.
"Quem está ligando para Karina?"
— Vamos juntos?
— Eu não vou agora. — Karina sorriu, negando com a cabeça. — Quero ficar mais um tempo com o Catarino.
"Sério? Tem algo mais que ela não está dizendo."
Karina não falou nada, e Ademir também não insistiu.
Ele assentiu e disse:
— Certo, então vou indo.
— Muito bem.
Ademir andou um pouco, mas depois olhou para trás. Karina estava na janela, com a cabeça inclinada, olhando para fora...
Patrícia se virou, bateu na porta e, após receber permissão, entrou.
Karina não se afastou; ficou parada na porta, podendo ver tudo o que acontecia dentro.
O homem machucado estava deitado na cama, com a cabeça enfaixada, mas ainda havia muito sangue manchando o curativo.
Patrícia se aproximou, fazendo movimentos lentos, e, com uma expressão de súplica, começou a pedir desculpas.
Karina, incomodada com a cena, desviou o olhar.
Após alguns minutos, quando olhou novamente, Patrícia estava de joelhos, chorando, e sua voz estava mais alta do que o esperado:
— Eu te faço uma reverência! Olha, assim está bom?
— Pedi para você se ajoelhar, e você realmente se ajoelhou?
Pelo tom de voz, era claro que a pessoa tinha sido quem pediu, mas agora parecia ter se esquecido, sorrindo e dizendo:
— Irmãzinha, estava só brincando, não precisa levar a sério.
Patrícia, sem palavras, estava tão irritada que as lágrimas escorriam sem parar.
— Você não precisa me ignorar desse jeito! Se não for aceitar, tudo bem, mas não precisa me humilhar assim!
— Como é? — A outra pessoa também se irritou. — Você bate nas pessoas e vem querer falar comigo sobre moral?
— Você é quem não tem moral! — Patrícia, com o rosto vermelho de raiva, estava sem saber como xingar, mas o que mais a incomodava era a preocupação com Paulo.
— Pois é, eu não tenho moral! — Respondeu a outra pessoa, com um tom desafiador.
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Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
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