Quando acordei, Fábio já tinha ido embora, e eu estava sozinha no leito do hospital.
Estendi a mão para tocar onde ele tinha dormido, mas não havia mais nenhum vestígio de calor, evidenciando que ele tinha saído há algum tempo.
Luisa entrou com o rosto corado, "Senhorita, ele... ele se foi. Disse que tinha assuntos da empresa para resolver e pediu para não te acordar."
Pelo seu semblante, era evidente que ela tinha nos flagrado juntos.
Luisa fazia corrida e treinava boxe todos os dias, por isso chegava bem cedo ao hospital.
Eu também me senti um pouco constrangida, sem saber se deveria explicar a situação.
Mas ela não insistiu em perguntar, e trouxe o café da manhã.
"O médico disse que você já pode comer o que comia normalmente, então comprei várias coisas para ver se te agrada. O que você quer comer?"
Ela realmente comprou muitas coisas, incluindo coxinha, pão de queijo, e até mesmo hambúrgueres e cachorros-quentes.
"Ouvi dizer que você vivia no exterior, então pensei que gostasse destes itens, mas não coloquei pimenta."
"O médico mencionou que a pimenta não é boa para a recuperação dos seus ferimentos."
Peguei uma coxinha e um mingau, balançando-os levemente.
"Vou ficar com estes. Você nem imagina como eu e Débora sentíamos falta de um café da manhã brasileiro lá fora."
Ao pensar em Débora, abaixei a cabeça e fingi comer a coxinha.
Fazia tempo que ela não entrava em contato comigo, sempre com conversas breves. Eu sabia que ela também estava ocupada.
Mas se Débora de repente ficou tão ocupada, só poderia haver uma razão: a empresa no exterior também estava enfrentando problemas.
A família Marques por si só não tinha muita influência no exterior, mas em parceria com Kathy, a história era outra.
Armadilhas estavam sendo preparadas contra os irmãos Marinho e as pessoas que amo.
E ambos estavam, de fato, muito ocupados.
Devido à minha situação, ambas as empresas enfrentavam dificuldades, e manifestantes apareciam no hospital.
Porém, o que mais me preocupava eram os vídeos na internet. A polícia ainda não tinha feito nenhum progresso, e eu continuava sendo a principal suspeita.
Os policiais hesitavam em me interrogar diretamente, mas não podiam ignorar a morte de Beatriz só porque eu estava doente.
Especialmente quando a mãe de Beatriz invadiu meu quarto, eu soube que tinha que resolver essa situação.
Ela havia trocado de roupa para parecer uma cuidadora e, quando entrou no quarto enquanto eu estava alimentando a criança, parou por um momento ao ver o bebê, mas logo seu olhar se tornou frio e sombrio.
"Você ainda tem um filho? Minha filha está morta, e você, por que tem o direito de ter um filho?"
"Noémia, você deveria morrer, você e seu filho juntos!"
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