Quando voltei ao País E no dia seguinte, ainda me sentia como se fosse um sonho.
Eu não havia retornado de verdade, era apenas um sonho, um sonho no qual Francisca havia dado à luz.
Mas quando liguei o celular, recebi uma mensagem do Fábio no WhatsApp e soube que não era um sonho.
Francisca foi atingida na cabeça por uma garrafa de vinho por Beatriz e ainda estava inconsciente.
Não há muitos hematomas em sua cabeça, e o médico disse que não é recomendada cirurgia, mas não há como saber quando ela vai acordar.
Olhando a foto de Francisca com uma máscara de oxigênio, senti como se algo estivesse apertando meu coração.
Débora deu-me uma tapinha no ombro, "Não olhe mais, fique tranquilo, quem não presta vive mais."
"Ela é tão agitada, considere isso como alguns dias de descanso, logo ela vai acordar."
Ela raramente falava sério, mas eu sabia que talvez não fosse tão simples assim.
A situação de Francisca deveria ser ruim pelo que parecia, com todos os principais meios de comunicação clamando por cobertura.
Pensando que Noéminha poderia estar desamparada, meu coração apertou novamente.
Meu apartamento já não era mais uma opção, eu e Débora fomos diretamente para um hotel.
Enquanto ela navegava no celular, começou a me falar sobre apartamentos.
"Devemos procurar um apartamento para profissionais, tem mais gente, é mais seguro."
"O melhor seria algo perto da empresa, assim fica mais fácil ir e vir, também não gosto de dirigir."
Faz apenas um ou dois meses, Débora parece ter mudado, todo o seu ser está muito mais calmo.
Vendo que eu não respondia, ela pensou que eu ainda estava preocupado com Francisca e veio me confortar.
"Ela sabe que você está vivo, terão muitas oportunidades de se ver no futuro, não se preocupe."
"Ela sendo tão rica, não seria exagero vir ao Brasil para nos visitar, não é? Então vocês vão se ver."
"Você também não precisa se preocupar com o bebê, a família Batista sabe cuidar dos seus, não vai faltar nada."
Talvez tenha sido o retorno que lhe mostrou que as coisas não estavam bem para uma família Marinho, e ela tinha que ser mais calculista.
Ou talvez o fato de assumir uma posição de liderança tenha mudado seu ponto de vista?
Ela foi para a sala do presidente, o que foi um alívio para todos.
Alguns colegas vieram me perguntar se a grande liderança da empresa mudaria de mãos.
Eu acenei seriamente, "Ela é a Srta. Marinho, com certeza ela quem liderará daqui para frente."
"E Lorena?" alguém perguntou curioso.
Pensando em Lorena, que ainda estava detida em algum lugar do Brasil, eu apenas balancei a cabeça.
"Isso é assunto para a polícia, nós só precisamos focar no nosso trabalho."
Naquela noite, Fábio me ligou para dizer que levaria Lorena de volta ao país.
Mas, para minha surpresa, no dia seguinte a polícia estava à minha porta novamente.
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