Após Minha Morte, Aprendendo a Viver Bem romance Capítulo 660

Durante todo o dia, eu dava olhadelas ocasionais para o meu celular.

Dado o caráter de Fábio, ele jamais deixaria de se explicar.

Eu reconhecia que tal pensamento poderia ser um exagero, afinal, não havia um vínculo profundo entre nós.

Mas eu sabia que ele temeria que eu mal-entendesse a situação, e por isso, se explicaria.

No entanto, com o passar do dia, até a uma da manhã, não houve nenhuma explicação, nem sequer uma mensagem no WhatsApp.

Meu humor estava irritadiço, e passei a noite em claro.

No dia seguinte, cedo, Débora iria comigo para o trabalho e se assustou ao ver minhas olheiras.

"O que aconteceu com você? Meu irmão não entrou em contato?"

"Como assim? Como ele poderia não se explicar?"

Balancei a cabeça, também querendo entender.

Mas não tinha coragem de ligar para ele.

Enquanto murmurava que não deveria ser assim, Débora ligou para Fábio.

A essa hora, Fábio deveria estar acordado.

Mas ela ligou várias vezes e Fábio não atendeu.

"Pega seu celular. Se ele não atende o meu, com certeza atenderá o seu."

Ela pegou meu celular e discou, meu coração estava inquieto.

A chamada foi atendida rapidamente.

Débora fez uma careta. "Eu disse, ele atenderia a sua ligação."

Mas do outro lado do telefone surgiu uma voz feminina conhecida.

"Renata, Fábio foi tomar banho. Você quer falar com ele sobre algo?"

Sua voz era insinuante, com um toque de arrogância.

Débora instintivamente me passou o telefone, e eu tossi levemente.

"Sim, queria saber quando ele poderá assinar o projeto que lhe enviei."

"Devo perguntar a ele? Melhor não, espere ele terminar, então."

A voz de Joana tinha um tom letárgico e uma ponta de desdém.

O que Joana poderia ter sobre Fábio que o faria concordar com o noivado?

Mesmo que ela tivesse drogado Fábio, eu duvidava que ele fosse o tipo de pessoa a se submeter assim.

Enquanto eu tentava decifrar o mistério, o telefone de Diogo tocou.

"Renata, já acordou? Vou levar vocês para a empresa, estou aqui embaixo."

Olhando pela janela, de fato, Diogo estava esperando no carro abaixo do meu prédio.

Ele estava vestido de maneira excepcionalmente formal, parecendo também ansioso.

Minha tensão aumentava, "Aconteceu algo?"

"Sim, uma situação complicada. Pode descer primeiro?"

Ele não parava de olhar para o relógio e parecia estar com pressa.

Foi só então que Débora e eu nos arrumamos e descemos as escadas, Lélio não havia aparecido, mas eu sabia que ele devia estar nos observando de algum lugar.

Quando nos viu descer, Diogo apressou-se em abrir a porta do carro.

"Vamos falar no carro, estamos sendo vigiados."

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