Débora lançou-lhe um olhar frio e continuou a enfiar a cabeça na areia.
Diogo, por sua vez, não se irritou, observando o palco com interesse.
"Numa ocasião tão importante, não, numa ocasião tão propícia para se destacar, ela não aparece. Parece que está com medo."
"Renata, qual foi a desculpa dela para não vir?"
Virei-me, encontrando seu olhar, meio sorridente, meio sério.
"Febre."
"Febre?"
Diogo fez um som de desaprovação com a boca e balançou a cabeça.
"A febre é terrível, provavelmente não consegue comer, nem dormir bem, e até falar se torna difícil."
"Mas me diga, uma pessoa com febre, será que pode ir às compras?"
Ele pegou o celular e ligou para Lorena.
Eu e Débora arregalamos os olhos assistindo.
"Lorena, por que você não veio para a palestra hoje?"
"Cof cof~ Diogo, desculpe, estou com febre, não estou me sentindo bem."
"Ah, que pena, eu estava pensando que a palestra seria chata e queria te levar para ver as novidades da Louis Vuitton, as bolsas e joias acabaram de chegar."
Ao ouvir Diogo dizer isso, Lorena imediatamente se animou do outro lado da linha.
"Sério?"
"Claro, quando eu te enganei?"
"Mas você está doente, que pena, parece que só poderemos voltar na próxima vez que esperar as novidades chegarem outra vez."
Ele falou isso sem mudar a expressão, ainda piscando para nós.
Fiquei realmente impressionada com suas excelentes habilidades de atuação.
Mas fiquei igualmente animado ao ver que parecia que ele sabia tudo.
Lorena hesitou por um momento, dizendo que não estava se sentindo muito bem.
Mas ela se lembrou que da última vez Diogo queria comprar uma gravata da Louis Vuitton, e ela também queria dar-lhe uma.
Débora murmurou ao lado.
"Só sabe escolher o que é barato."
Eu a chutei levemente, e ela finalmente se calou.
Como uma simples funcionária saberia o que é mais barato na Louis Vuitton?
Nenhum dos dois falou, mas eu sabia que era uma disputa.
Ambos conheciam a identidade um do outro muito bem.
No fim, foi Diogo quem se rendeu primeiro.
Ele deu de ombros, "Claro, não estou ajudando de graça, espero que você também possa me ajudar no futuro."
Débora não disse nada, mas ergueu o queixo, indicando para ele continuar.
Diogo ergueu as sobrancelhas.
"Se o Grupo Geraldo precisar de ajuda, espero que você possa dar uma mão."
Ele não esperou a concordância de Débora, virou-se e saiu do salão.
Débora então sussurrou em meu ouvido: "O Grupo Geraldo precisaria da minha ajuda para quê?"
Balancei a cabeça, indicando que também não sabia.
Mas olhando na direção em que Diogo saiu, pensei que aquele playboy talvez não fosse tão simples quanto parecia.
Sem perguntar nada, mas disposto a ajudar em tudo.
Ficar devendo um favor assim é realmente complicado.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após Minha Morte, Aprendendo a Viver Bem
1...
1...
1...
1...
1...
1...
1...
1...
1...
1...