Após Minha Morte, Aprendendo a Viver Bem romance Capítulo 488

Fiquei paralisada no lugar, surpresa com a franqueza das pessoas do País E.

Os olhares que recebia dos outros não eram exatamente amigáveis.

Antes de chegar, Fábio já me havia alertado que, apesar da aparência um tanto indolente, as pessoas daqui eram bastante competitivas.

Especialmente para alguém como eu, uma designer que chegava de paraquedas, se não demonstrasse habilidade, seria difícil encontrar meu espaço na empresa.

Ele me perguntou se queria me apoiar, mas mesmo assim eu recusei.

Afinal, enfrentar adversidades era esperado nessa situação.

Respirei fundo e sorri para todos.

“Olá, sou a Renata, a partir de agora, serei uma de suas colegas. Espero contar com a colaboração de vocês.”

“Precisamos mesmo colaborar com você? Parece que os líderes aqui já estão bastante interessados em fazê-lo”, disse a mulher novamente, enquanto um colega ao lado a repreendia discretamente.

“Anne, pare com isso.”

Eu levantei uma sobrancelha e não retruquei.

Conhecer o inimigo e a si mesmo garante a vitória, não era hora de agir impulsivamente.

O gerente Reno, tentando apaziguar a situação, disse algumas palavras conciliatórias.

Mas pelas entrelinhas, era claro que ele insinuava que minha posição era especial, indicada pela secretária do presidente.

Quanto à natureza dessa especialidade, deixava a cargo das especulações dos colegas.

No Brasil, esse tipo de inserção já é mal visto, que dirá no exterior.

Mas acredito na força acima de tudo, desde que minha capacidade seja forte, eles não podem dizer nada.

Assim, minha vida se resumiu a um ciclo de idas e vindas entre a casa e o escritório, com visitas ocasionais ao hospital para exames.

Por isso, toda semana precisava pedir um dia de folga, acordo previamente estabelecido entre Fábio e o RH.

Quando Yago foi falar com Reno sobre minha folga, a insatisfação era evidente.

“Uma folga? Desculpe, Yago, mas você sabe como nosso departamento está ocupado.”

“Ninguém quer fazer horas extras; normalmente, não se pode simplesmente tirar uma folga, é a regra.”

“Renata, não sei que tipo de influência você tem, mas não deveria mexer nos arquivos da empresa.”

“Eu sabia que você não era profissional, mas não sabia que era tão pouco profissional!”

Confusa, olhei para ela, “O que aconteceu?”

Um colega mais jovem explicou baixinho: “Renata, por que não desligou o computador quando saiu ontem?”

“Depois que você foi embora, nossos sistemas foram infectados por um vírus, e todos os computadores conectados à rede pararam de funcionar.”

“Era o dia de entregar os arquivos de design, e então…”

Surpresa, não entendi como aquilo poderia ter acontecido.

O sistema de segurança de rede da empresa era robusto; mesmo que não desligasse o computador, não deveria haver esse tipo de problema.

Além disso, em caso de invasão por vírus, pelo menos o gerente seria notificado.

Olhei desconfiadamente para Reno.

Ele deu de ombros, “Não olhe para mim, não recebi nenhum alerta do sistema. Com certeza, você deve ter desativado a proteção enquanto usava o computador.”

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