O advogado realmente ocupa o topo da cadeia alimentar, quando o Adv. Melo apareceu, pareceu que todos os problemas foram resolvidos.
Os policiais também não se atreveram a me interrogar com tanta severidade, e Tomás também deixou o local abraçando Beatriz.
Adv. Melo deu uma verdadeira lição de moral em Euzébio, falando sobre os meus direitos de queixa, fazendo com que Euzébio finalmente partisse, cheio de raiva.
E eu sempre me sentava na cama do hospital com os olhos baixos, sem querer falar sobre a farsa atual.
Por que as coisas tinham que acontecer assim?
Eu não sabia.
Parecendo perceber meu estado emocional, Fábio pegou uma garrafa de leite da geladeira e pediu para a enfermeira aquecê-la.
"Vou deixar dois homens aqui para você."
"Ah?"
"Dois seguranças na porta para você, o resto a Lúcia resolve."
Há pouca expressão em seu rosto, e a preocupação está em seus olhos.
Eu balancei a cabeça, "Aqui já é um quarto VIP do hospital, não vai acontecer nada."
"Melhor prevenir. Está decidido."
A voz de Fábio era calma, mas firme.
Eu abaixei a cabeça, sem falar, sentindo um misto de sentimentos.
Eu só queria me recuperar em paz, por que tinha que ser tão difícil?
A enfermeira trouxe o leite, e após Fábio verificar a temperatura, ele me entregou.
"Bebe um pouco de leite, você precisa de proteína de qualidade."
"Ah, e temos novidades sobre o Vicente."
Ao ouvir isso, meu espírito se elevou um pouco, "Como assim?"
"Pelo que parece, a empresa dele está bem."
Ouvi-lo dizer isso fez meu corpo inteiro relaxar.
No fundo, eu realmente esperava que Vicente não estivesse envolvido em nenhum problema.
Parece que, além dele, não havia mais ninguém na família Moreira que se importasse comigo.
E agora ele ainda era o namorado de Lúcia?
Já fazia tempo que eu não acompanhava os projetos, e não sabia em que estágio estavam agora.
Ele abriu a garrafa de leite e a colocou em minhas mãos.
"Vou ficar fora por alguns dias, e aproveito para verificar a situação do Vicente."
"Independentemente do resultado, quero que você fique tranquila."
"Durante este período, não saia do hospital. Deixarei dois seguranças na porta para você, e vou procurar alguém para se revezar com a Lídia nos cuidados."
Fábio organizou tudo para mim, deixando-me um tanto melancólico.
Já fazia tempo que ninguém era tão bom comigo, seria impossível não me sentir tocado.
Mas, olhando para as minhas mãos magras, os dez dedos são só pele e osso, parecem patas de galinha, por isso continuei firme na minha recusa.
"O hospital já tem seguranças, não precisa de seguranças particulares, e a Lídia cuida de mim, não estou tão incapacitado."
"Essas pessoas não estão aqui por sua causa."
Fábio sentou-se ao lado da minha cama, olhando-me profundamente nos olhos.
"Eles estão aqui para que eu possa ficar tranquilo."
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