"Sim, já estou no País M há mais de seis meses, por que você continua me assombrando?"
Imitei Beatriz exatamente como ela disse.
Ela estava tão brava que seu rosto estava um pouco torcido, mas eu não me senti impressionado.
Nós moramos no mesmo dormitório durante a escola, não éramos irmãs, mas vivemos juntas por quatro anos.
Não esperava que agora estivéssemos tão hostis uma com a outra, quase como se quiséssemos a morte da outra.
De repente, um pouco desolada, dei alguns passos para trás, contornando as duas, tentando encontrar Lúcia.
O riso frio de Beatriz veio de trás de mim.
"Noémia, você, uma divorciada, o que está tentando?"
Voltei-me para ela bem a tempo de vê-la acariciar a barriga.
"Noémia, este filho é um menino, o futuro herdeiro da família Moreira."
"Sei que você está com inveja, ciúmes e ódio, mas tem gente que simplesmente não nasceu para ter essa sorte."
"Seus pais morreram por sua causa, e o seu filho também..."
"Chega!"
Tomás entrou na minha frente e a temperatura caiu ao meu redor.
"Diga mais uma palavra, e você volta para o Brasil!"
"Tomás!"
Beatriz fez uma expressão de mágoa, seus olhos rapidamente se encheram de lágrimas, e então ela me lançou um olhar venenoso.
Então ela sorriu novamente, "Tudo bem, não direi mais."
"O mais importante é nossa família feliz, vamos embora."
Ela se aproxima e puxa Tomás, que não move um músculo e se afasta de sua mão com certo desgosto.
Mas Beatriz não se zangou, apenas me olhou com veneno.
"Uma eterna amante, interferindo no relacionamento dos outros."
Eu estava sem palavras, como ela tinha a audácia de dizer isso?
Especialmente depois de mencionar meu filho, eu não poderia mais me conter.
"Beatriz, você não esqueceu como conseguiu esse filho, não é?"
Eu assenti mecanicamente, então era isso que ele tinha ido comprar?
Ele não olhou muito para mim, em vez disso, se virou para Tomás.
"Senhor, se não for muito incômodo, por favor, dê licença, estamos aqui para buscar alguém."
A expressão impassível de Leonardo era mais intimidadora que a de Rafael, sua presença dominante fez com que o abatido Tomás perdesse a cor.
Ele passou o braço ao redor dos meus ombros e, sem olhar novamente para Tomás, começou a andar.
Finalmente, respirei aliviada, vê-los sempre me trazia má sorte.
"Ele é aquele garoto rico com quem você estava no último ano da faculdade, não é?"
Beatriz, infelizmente, não se calou e seu tom ainda era provocativo.
"Não é à toa que você quis tanto vir para o Brasil, era por ele, né?"
Ela se aproximou, enlaçando o braço de Tomás.
"Noémia, você realmente é formidável, largou Tomás por ele no último ano da faculdade, e agora se divorciou de Tomás por ele."
"Você não achou que Tomás não seria um bom herdeiro, foi por isso que você foi embora?"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após Minha Morte, Aprendendo a Viver Bem
1...
1...
1...
1...
1...
1...
1...
1...
1...
1...