Quando cheguei ao hotel, a recepcionista não quis nem me dizer em que quarto Tomás estava.
Lúcia balançou os cabelos e bateu forte no balcão da recepção.
"Onde está o Vitor? Chame o Vitor!"
A recepcionista, assustada, correu para buscar alguém.
Em pouco tempo, um homem com aparência de gerente veio correndo.
"Srta. Batista, minha Senhorita, por que não me disse que estava vindo? ......"
"Deixa de besteira, trouxe meu amigo aqui para pegá-lo no flagra, em que sala esse cara está?"
Lúcia me deu um sinal, e eu rapidamente procurei a foto da carteira de identidade de Tomás no celular.
O gerente olhou para a foto, visivelmente desconfortável diante de Lúcia.
"Srta. Batista, a privacidade dos nossos hóspedes é algo que não podemos..."
"É este homem aqui, eles estão se divertindo às custas de outros, se acontecer alguma tragédia, você também está acabado!"
Lúcia estava com um tom tão severo que até eu me assustei, quem dirá o gerente.
Ele rapidamente fez um sinal para a recepcionista.
A moça nem precisou consultar o sistema, "No último andar, 1901, a senhora pediu a suíte completa..."
Lúcia me puxou para o elevador, depois se voltou para o gerente.
"Vitor, não fale que estive aqui, entendeu?"
Quando as portas do elevador se fecharam, ainda vi o gerente se curvando repetidamente para ela.
"Você..."
Olhando para a expressão um tanto animada de Lúcia, engoli todas as palavras que ia perguntar.
Chegando na porta 1901, Lúcia arregaçou as mangas e bateu na porta com força.
"Quem é?"
A voz impaciente de Francisca soou.
Lúcia rapidamente colocou um sorriso no rosto, "Senhora, acabamos de trazer o conjunto de vinhos que o Sr. Moreira reservou, por favor, abra a porta."
"E também temos um kit de amenidades de cortesia do hotel para vocês."
A doçura de sua voz me assustou.
Francisca relutou um pouco antes de abrir a porta, e Lúcia a chutou.
Conseguir levantá-lo já era difícil, quanto mais andar com ele.
Tomás, meio grogue, assentiu e se apoiou em mim para sair do quarto.
No elevador, Lúcia estava furiosa.
"A bateria do celular acabou! Devia ter comprado um carregador portátil, na hora H falhou."
Eu, por outro lado, fiquei aliviado; ainda bem que o celular dela estava sem bateria, se esse vídeo vazasse, seria uma vergonha.
Lúcia nos levou até o condomínio e deu R$500 para o segurança nos ajudar a levar Tomás para dentro.
No momento em que ele caiu no sofá, meu coração finalmente se acalmou.
Depois de agradecer ao segurança e fechar a porta, Tomás me abraçou por trás.
"Querida, eu quase fui violado."
"Querida, estou me sentindo tão mal, ela me drogou."
Sua voz era de lamentação, mas seu corpo não queria se lamentar.
Sentindo a mudança em seu corpo, eu o afastei com força.
"Tomás, acorde!"
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