Amor Renascido: Já Está Tarde Demais romance Capítulo 2

Eu gritei descontroladamente para a silhueta dele: "Diego Ferreira, seu idiota!"

Foi a mãe dele quem armou tudo, colocando droga na bebida dele e me levando para a cama dele, porque ela sentia que me devia algo. Ela também estava com câncer e não quis contar para Diego Ferreira, apenas para mim. Disse que tinha medo de morrer e me deixar desamparada.

Mas eu não esperava que naquela noite, Flávia Dourado mexesse tanto na bebida de Diego quanto na minha sopa.

Quando acordei, já estava na cama de Diego Ferreira e, antes que pudesse reagir, fui jogada para fora da cama, coberta e tudo.

Nunca manipulei Diego moralmente; sempre foi ele quem teve a vantagem sobre mim.

Até o nosso certificado de casamento foi obtido por manobras de sua mãe.

Estava presa à família Ferreira até a morte.

Claramente, foram eles que me colocaram nesta situação terrível.

Diego Ferreira se foi, e minha alma foi forçada a segui-lo.

Assim que saímos do tribunal, os amigos de infância de Diego Ferreira trouxeram folhas de eucalipto para Vânia Lacerda, em uma cerimônia de boas-vindas para afastar a má sorte.

Após serem sacudidas algumas vezes, eu, que já era leve, fui lançada para longe, batendo em um banco de pedra próximo. Felizmente, meu corpo transparente não sentia dor.

"Eu disse que com Diego por perto, Vânia definitivamente não teria problemas."

"Para comemorar a segurança de Vânia, vamos curtir a noite no bar até amanhecer."

Diego Ferreira sorriu com indulgência, abriu a porta do carro e cuidadosamente protegeu a cabeça de Vânia Lacerda ao ajudá-la a sentar no assento do passageiro.

Depois de entrar no carro, Vânia Lacerda ainda expressou sua preocupação: "A mãe dele tinha razão, desde o meu incidente até agora, já se passaram vários dias sem notícias da Marina. Estou um pouco preocupada. Se algo aconteceu com ela, eu me sentiria culpada pelo resto da minha vida, porque fomos escalar juntas."

Eu ri amargamente: "É, fomos escalar juntas, mas só você sobreviveu, e eu morri. Parece que eu fui a azarada."

Diego Ferreira resmungou impacientemente, abrindo sua gravata e revelando sua pele bronzeada: "Se ela não tivesse insistido em ir visitar o túmulo dos pais e te arrastado para escalar, te deixando sozinha na floresta, você não teria encontrado esses psicopatas assassinos. Não bastasse te deixar para trás, agora que está se sentindo independente, nem atende o telefone, nem volta para casa."

"Eu acho que a Marina é apenas teimosa, não má. Além disso, a família dela, de qualquer forma, foi benfeitora para você."

Diego Ferreira bufou novamente, desdenhosamente: "O que devia ser retribuído, já foi. Você não precisa defendê-la. Depois de tudo o que aconteceu, vou te levar para relaxar um pouco, você deve ter se assustado."

Eu sentei no banco de trás, rindo até começar a chorar, parecia ver Vânia Lacerda erguendo orgulhosamente os cantos dos lábios.

"Não tem problema, ela já fugiu de casa tantas vezes antes. Só está fazendo charme, esperando que eu vá atrás dela. Perder o sapato foi só mais um truque dela. Não precisamos nos esforçar para encontrá-la; depois de alguns dias, ela vai voltar para casa, como sempre faz."

Após terminar a ligação, o detetive ficou confuso por um momento.

Mas ao olhar para dentro do saco, que continha um pedaço de um dedo anelar, ele decidiu ligar novamente para Diego Ferreira.

"Você precisa vir aqui, encontramos um pedaço de um dedo anelar. O corpo queimado que vocês identificaram hoje, não estava faltando um dedo anelar, um pouco menor que o normal? Estamos preparando um teste de DNA, é melhor você vir."

Diego Ferreira ficou surpreso.

Eles não tinham encontrado esse pedaço de dedo durante as buscas extensivas dos últimos dias, principalmente porque esse menor dos corpos carbonizados havia sido dissolvido em ácido sulfúrico após a morte, tornando impossível identificar a quem pertencia.

"Estou a caminho!"

Sentado no banco traseiro, olhei para o meu próprio dedo anelar. Havia escapado daquele cativeiro uma vez, mas cada tentativa resultava em uma punição.

Numa dessas vezes, meu dedo anelar foi quebrado, e junto com ele, o anel de casamento que compartilhava com Diego Ferreira também foi perdido, sem saber onde parou. Naquele dia, a dor foi tão intensa que desmaiei várias vezes.

Mesmo agora, como uma alma, não consigo esquecer aquela dor!

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