Arthur acordou cedo na manhã seguinte, e Lúcia já não estava ao seu lado.
Olhou à sua volta e foi apanhado pelo som baixo da conversa vinda do exterior da varanda. Ele seguiu o som e viu a porta da varanda fechada e uma parte traseira borrada reflectida no vidro. Era Lúcia.
Os olhos de Lúcia encontraram os de Arthur assim que ela entrou na porta. Ela estava visivelmente congelada. E o seu rosto ficou vermelho rapidamente, a uma velocidade visível.
Lúcia estava agora tão envergonhada que queria esconder-se. De facto, ela acordou às 6 horas da manhã. Sabendo que tinha perdido o controlo das suas emoções, Lúcia ficou envergonhada.
Nesta altura, uma enfermeira veio cá para enviar uma sonda de temperatura para verificar a temperatura, encontrou Lúcia acordada e mencionou a ferida aberta de Arthur ontem à noite. Lúcia ouviu e sentiu-se culpada. Quando ouviu a enfermeira dizer que Arthur estava a olhar para ela sorrindo o tempo todo, o seu coração era como se estivesse envolto numa camada de mel. Era doce, mas também tão espesso que ela mal conseguia respirar.
Lúcia sabia que tudo o que fez a Arthur agora a fará arrepender-se mais tarde, mas ... um era um homem que a amava muito, e o outro era como os seus próprios pais. Ela realmente não pode escolher.
- Tirei-lhe agora mesmo a temperatura. É normal. Pode tomar uma IV depois de o médico vir fazer as suas rondas e prescrever a medicação mais tarde- . Quebrando o silêncio, Lúcia tentou suprimir as suas emoções e disse a Arthur.
Arthur respondeu fracamente: - Bem, já percebi- .
- Vou buscar o pequeno-almoço- . Lúcia quis aproveitar a oportunidade para sair para recuperar o fôlego, quando Kyle apareceu subitamente à porta, carregando duas delicadas caixas de alimentos nas suas mãos.
Kyle levou as caixas de alimentos para a mesa de cabeceira e disse a Arthur: - Sr. Davies, este é o pequeno-almoço do portão sul- .
O pequeno-almoço do portão sul não era o favorito de Arthur, mas sim o de Lucia. Ontem à noite, antes de Arthur ir para a cama, ele disse a Kyle para ir comprar o pequeno-almoço de manhã cedo. Kyle disse isto de propósito, para que Lúcia pudesse ouvir isso.
Assim que Lúcia ouviu isto, olhou para Arthur, viu tanto Arthur como Kyle a olharem para ela, e rapidamente voltou para trás. Ela baixou a cabeça enquanto o seu rosto continuava a arder.
- Menina Webb, vamos tomar o pequeno-almoço- . Kyle disse à Lucia com um sorriso. Quando terminou as suas palavras, reparou que Arthur lhe deu um olhar que o insinuou a sair. Kyle sentiu-se magoado porque pensou que era um excelente ajudante!
Mas apesar de se sentir magoado, retirou-se rapidamente e continuou a deixar espaço para o casal.
- Coma- . Arthur não queria empurrar Lúcia agora.
Lúcia pegou numa cadeira para se sentar ao lado de Arthur e começou a comer. Ocasionalmente havia passos e vozes do lado de fora da porta, acompanhadas pela única manhã fria de Inverno, o que as fazia pensar que era tempo de paz.
Depois de um pequeno-almoço tranquilo, dois médicos vieram cá para uma ronda e conversaram com Lúcia para obter conselhos e compreensão da condição.
Depois dos médicos terem saído, Lúcia suspirou impotente e voltou-se para Arthur e disse,
- Não sejas caprichoso, está bem?-
Arthur não respondeu.
Isto só fez com que Lúcia se sentisse mais culpada, pelo que ela rapidamente mudou de assunto: - Os médicos disseram que há apenas algumas pequenas fissuras no seu bezerro esquerdo. Deves recuperar bem durante meio mês- .
- Eh.- . Arthur ainda só respondeu assim.
Lúcia virou a cabeça para a varanda, depois trouxe de volta uma bacia de água. A toalha foi arrancada e limpava o rosto de Arthur com uma rápida velocidade. Arthur assobiou imediatamente.
Arthur olhou para Sophie em confusão, perguntando-se porque é que a sua mãe iria subitamente mencionar Esmae, que tinha sido gentil para com Lúcia. Mas Sophie só lhe dava um olhar tranquilizador e depois continuava,
- Desculpe, falei com Theodore ontem à noite e aprendi algumas coisas. Lucia, falaste com Esmae na primeira noite em que chegaste a Chicago, certo? De que falaram exactamente?
Theodore disse nessa noite que chorou. Depois disso, começou a evitar Arthur, e até mentiu a Theodore que o telefone estava avariado. E simplesmente desligou directamente, cortou todo o contacto com o Arthur. Depois de regressar ao país sem aviso prévio para acabar com o Arthur. Lúcia, esta Esmae não é a razão pela qual deixou o Arthur? -
As perguntas de Sophie, uma era para pedir detalhes a Lúcia, e a outra era para deixar Arthur entender o que aconteceu naquela altura. Arthur ouviu o que aconteceu. Antes de saber que Lúcia chorava antes de decidir aliená-lo, apressou-se a perguntar-lhe,
- É tudo verdade?-
Lúcia ficou parada junto à cama como uma estátua, sem dizer uma palavra e sem sequer piscar os olhos. Na realidade, ela estava em pânico. Sophie estava certa. Esmae foi a razão pela qual ela deixou Arthur, mas ela não podia dizer a razão. Foi isto que ela prometeu a Esmae.
Vendo que Lúcia não disse nada, Sophie sabia que tinha de fazer mais esforços, por isso disse deliberadamente: - Lúcia, desta vez discutiu com Arthur e ele teve um acidente de carro. E da próxima vez?-
Lúcia baixou os olhos. Os seus ombros estavam a tremer ligeiramente, mas ainda assim ela abaixou os lábios sem dizer uma palavra.
Sophie continuou,
- Lúcia, será que o amor de Arthur por ti não supera o que as outras pessoas dizem? Sabe que ontem à noite, quase todas as feridas no seu corpo estavam abertas para que pudesse dormir melhor. Ele estava coberto de sangue quando entrámos. Consegui que os médicos o cosessem de novo. Ele teve o cuidado de não fazer barulho, e carregou com força durante mais de uma hora antes de a costura ser feita.
Lucia, talvez tenha acabado com Arthur porque estava preocupada com os sentimentos de Esmae, mas então e eu? Eu sou a mãe de Arthur. Podes ter pena de mim também? Sabes o quanto me magoou vê-lo assim ontem à noite?- .
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