- Sim- , respondeu Sophie com um suspiro. Lúcia era tão esperta; não admirava que ela notasse isso.
- Vou agora para casa dela!- Arthur sabia que não podia esperar. Tinha medo que Lúcia, que outrora tinha caído na armadilha montada pelo seu amante, a pudesse repensar.
- Muito bem, conduz com cuidado- . Embora Sophie quisesse ir com ele, pensou que seria melhor para Arthur e Lúcia terem uma conversa privada, pelo que só lhe pediu para conduzir em segurança.
À noite, Arthur dirigiu até à casa de Lúcia.
Às onze horas, Lúcia, que estava deitada na cama, ainda não tinha adormecido.
As dúvidas de todo o tipo de coisas estavam a roer-lhe a cabeça. Ela sentiu mesmo uma dor de cabeça.
De repente, o seu telefone tocou no quarto silencioso. Lúcia virou a cabeça e pegou no seu telefone após momentos de hesitação.
- Abre a porta- . Era uma mensagem de Arthur.
Mordendo o lábio, Lúcia quis ignorá-la.
Mas agora era início do Inverno, e a noite estava fria. Embora estivesse no corredor, podia apanhar uma constipação.
Abanando a cabeça, Lúcia não esperava que ela ainda se preocupasse com ele. Ele e a sua mãe tinham-lhe mentido!
Mas...
Lúcia estava a lutar dentro de si mesma, e passaram cinco minutos.
De repente, outra mensagem apareceu.
- Não me vou embora se não abrir a porta- . Esta era a segunda mensagem de Arthur.
Este tipo...
Finalmente, suspirou, levantou-se cuidadosamente, aconchegou Theodore, e abriu a porta para Arthur.
O aquecimento na sala de estar tinha sido desligado. Assim que Lúcia saiu da sala, tremeu de frio, passou rapidamente pela sala de estar e abriu a porta para Arthur sem acender a luz.
Assim que a porta se abriu, o ar frio do exterior precipitou-se para dentro da sala. Lúcia não pôde deixar de tremer violentamente e espirrou em frente de Arthur, de pé à porta.
- Menina tonta! Porque não se veste mais roupa antes de sair- ? Arthur empurrou Lúcia para dentro de casa assim que viu a Lúcia espirrar.
Acendeu a luz da sala de estar, caminhou até ao cabide e levou o casaco de Lúcia antes de o embrulhar à sua volta.
A acção rápida de Arthur deixou Lúcia atordoada. Quando o casaco foi embrulhado no seu corpo, o calor subiu-lhe em flecha.
Ela olhou para Arthur e disse em voz baixa: - Vieste aqui sem usar muito- .
Estava com tanta pressa que veio aqui com uma camisa. Pior ainda, ele tinha acabado de ficar à porta durante tanto tempo.
- Não tenho medo do frio- , disse Arthur casualmente e caminhou até ao sofá, acariciando o assento ao seu lado e gesticulando para que Lúcia viesse sentar-se, agindo como se ele fosse o dono da casa.
Lúcia olhou para Arthur com um ar de aflição. Ela era a mestra desta casa!
Apesar de ter um problema com ele, ela veio cá.
Sentou-se deliberadamente em frente a Arthur, não ao seu lado.
Arthur suspirou. Ele sabia que devia levar as coisas devagar, por isso colocou um envelope que trouxe na mesa de chá entre eles.
Olhando para o envelope durante alguns segundos, Lúcia olhou para Arthur, esperando que ele lhe dissesse o que estava no envelope.
Há cinco anos atrás, Arthur foi enviado para Athegate pelo seu pai, Edwin, para fazer pesquisas de mercado.
A socialização era inevitável quando se tratava de negócios. Em cerca de meio mês, Arthur embebedou-se cinco vezes.
Nessa noite, Arthur estava num hotel com um dos antigos subordinados do seu pai. Arthur, que era fraco de cabeça, logo ficou bêbado. Antes de a sua secretária lá chegar para tomar conta dele, uma mulher empurrou-o para um quarto.
Deitado na cama, Arthur estava com sono, mas os gemidos de uma mulher soavam ao seu lado. O seu corpo quente encostou-se a ele, e as coisas ficaram fora de controlo.
Pela manhã, Arthur ficou sóbrio pouco a pouco. O quarto estava escuro. Ele levantou-se da cama e pediu à sua secretária que tratasse deste assunto.
No entanto, a sua secretária tinha outros assuntos a tratar nesse dia. Quando a sua secretária foi para aquele quarto de hotel, este tinha estado vazio.
Alguém disse a Arthur que era provavelmente uma prostituta, por isso Arthur teve de desistir.
Depois de ouvir a narração de Arthur, Lúcia franziu um pouco o sobrolho. - A mulher que o empurrou para o quarto naquela altura devia ser a Poppy, certo?-
Para ser sincera, Lúcia tinha tentado especular sobre quem era aquele homem, porque não queria aceitar a realidade. Agora, ela sentiu-se aliviada depois de saber que Arthur era o homem naquela noite.
Lúcia baixou a sua cabeça sem palavras. Passado muito tempo, Lúcia perguntou lentamente: - O que é que vai fazer?
Arthur expressou imediatamente a sua posição: - Não se preocupe. Não tenho a menor intenção de levar a criança. Se o fizer, posso recorrer a meios legais para obter a custódia. Não há necessidade de se dar a todo este trabalho...- .
- Então você...- Lúcia gaguejou.
- Quer fingir como se nada tivesse acontecido esta noite?- Arthur olhou fixamente para Lúcia.
- Sim...- Arthur não era tão importante como Theodore para ela. A decisão de Lúcia nunca seria alterada devido ao seu amor por Arthur. O bebé só podia ser dela!
- Lúcia!- A voz exasperada de Arthur assustou Lúcia, que tinha mantido a cabeça baixa, e ela levantou os olhos em choque.
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