Amor Pós-Divórcio romance Capítulo 76

"O que você está fazendo?"

Fiquei muito surpresa e tive vontade de tirar meus pés de lá, mas Patrick os segurou com força e me avisou: "Não se mexa. Do contrário, vou me arrepender depois".

"Não faça isso. Meus pés estão gelados."

Eu estava em um dilema.

Eu sabia como meus pés estavam frios e fiquei com muita vergonha quando Patrick os colocou sob suas roupas quentinhas, encostando-os diretamente no tanquinho perfeito do seu abdome.

Patrick semicerrou os olhos e disse: "Por que você nunca me contou que suas mãos e seus pés ficam tão frios no inverno?".

……

Eu não falei mais nada pelo resto da noite.

No dia seguinte, quando Patrick me buscou na saída do trabalho, ele não me levou de volta para casa. Em vez disso, ele estacionou o carro na frente de outro prédio.

O prédio ficava bem no centro da Unidade 1, Cidade Y.

"Este é…"

Eu não estava entendendo nada.

Patrick pegou minha mão e a colocou no bolso da jaqueta dele. Então, ele disse, em um tom misterioso: "Você vai entender quando chegar lá".

Pegamos o elevador e ele me levou até o último andar.

Quando a porta do elevador se abriu, bem na frente havia uma porta de madeira estilo francesa, com uma fechadura moderna, que abria com a impressão digital.

A primeira coisa que Patrick fez ao chegar lá foi configurar a fechadura, pressionando meus dedos contra ela.

Bip! Um som tocou. Patrick se virou, olhou para mim e avisou: "De agora em diante, você será a anfitriã desta casa".

Ao mesmo tempo que falava, ele abriu a porta.

Assim que entrei no apartamento, fiquei perplexa.

O lugar era surpreendentemente espaçoso. A janela que ia do chão ao teto, além de enorme, era também curva, possibilitando uma visão panorâmica de 120 graus da paisagem do lado de fora.

À primeira vista, nenhum dos prédios nas proximidades era mais alto do que aquele.

Eu senti como se estivesse em uma montanha enorme, de onde podia ter uma visão completa dos arredores.

"Isto aqui é…"

Parei de olhar para fora e comecei a observar a parte interna do apartamento. Notei que a decoração era simples, mas elegante. Além disso, a combinação de cores utilizada na sala parecia muito harmoniosa também.

"Nosso lar."

Foi o que Patrick, que estava atrás de mim, respondeu.

Depois de responder à minha pergunta, ele segurou minhas mãos e me levou para o quarto. Tirei os sapatos, com a intenção de calçar um par de chinelos.

Mas ele me puxou com tanta vontade que eu tive que acompanhá-lo.

Quando pisei no chão só de meias, senti que o piso estava quente.

"O piso é aquecido?"

Patrick respondeu com naturalidade: "Sim. Eu mesmo escolhi todas as funcionalidades desta casa. Instalar o aquecimento do piso foi sugestão de um designer de interiores. Não esperava que fosse ser útil – até agora".

……

Eu olhei em volta, pasma com a novidade. Patrick não havia me contado que também tinha uma casa no mesmo condomínio em que eu morava.

Lembrei-me do fato de ter encontrado Caroline saindo do condomínio naquele dia…

"Será que Caroline costuma vir aqui?"

Olhei em volta e não vi nenhum indício de que outras mulheres já tivessem estado ali.

Patrick parecia ter lido minha mente. Ele se inclinou e me beijou na testa, dizendo, com um tom muito gentil: "Não se preocupe. Você é a primeira mulher a colocar os pés nesta casa. Já pedi à empregada para colocar suas coisas na suíte principal".

Eu fiquei olhando para ele.

Nos últimos dias, Patrick tinha sido muito legal comigo.

Ele estava sendo tão gentil que eu até desconfiei.

Então, ainda olhando para ele, eu perguntei: "Por que você está sendo tão legal comigo?".

"Porque você é minha esposa, oras."

Ele me deu uma resposta padrão.

Mas, assim que dei alguns passos, encostei em algo!

Chamei a pessoa que tinha falado comigo: "Sra. White".

Minha voz tremia.

Ela era ninguém menos que a chefe da gangue que tinha abusado de mim quando eu ainda estava na prisão!

Ela era muito boa em liderar a prisão feminina naquela época e fazia com que todas as detentas a chamassem de Sra. White.

Aquela mulher foi a causa de toda a minha dor.

Quando a Sra. White me ouviu chamá-la, ela zombou e disse: "Nada mal. Que bom que você ainda se lembra de mim. Ouvi dizer que você está levando uma vida boa agora. Você mora em um senhor apartamento e tem um carro de luxo. Por isso, não entendi como você pôde se esquecer de me retribuir…".

Assim que ela falou, a memória de todas as coisas horrorosas que eu passei na prisão vieram à minha mente. Para piorar, minha cabeça estava coberta com alguma coisa e eu não enxergava absolutamente nada.

O medo cresceu dentro de mim.

Implorei: "Sra. White, eu dou tudo que você quiser. Só me deixe ir, por favor!".

Eu estava morrendo de medo!

"Deixar você ir? Você está louca! Depois de ter trazido você aqui, eu simplesmente não posso deixar você sair viva." Ela fez uma pausa e continuou: "Mas, antes de matá-la, eu vou me divertir torturando-a. Eu só bati em você um pouquinho na prisão, porque logo fiquei entediada."

Enquanto ela falava, senti algo vindo com tudo em minha direção.

No segundo seguinte, um pedaço de pau atingiu meu rosto com força.

Senti muita dor nos dentes e também um gosto de sangue na boca. Então, cuspi um monte de sangue no chão!

Deitei-me no chão, chorando de dor, e disse: "Não, Sra. White, por favor. Você não quer dinheiro? Só posso lhe dar dinheiro se estiver viva! Minha casa vale dez milhões de dólares!".

Naquele momento, eu estava pensando em Patrick.

Eu me perguntei se ele ficaria preocupado comigo ao não me encontrar na saída do trabalho.

Eu tinha acabado de começar a me dar bem com ele. E, provavelmente, a nossa relação iria melhorar ainda mais no futuro.

Eu não suportaria ficar longe dele.

A Sra. White, ao me ouvir falar dos dez milhões de dólares, parou e esbravejou, com raiva: "Vá se f*der! Você acha que eu não queria dinheiro? Se não fosse pelo fato de que alguém quer você morta, eu teria exigido que você me desse a sua casa!".

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