Violeta não conseguiu rebater, sentindo como se alguém estivesse apertando sua garganta.
A mãe de Violeta, apoiando-se em sua bengala, entrou na casa e pegou o dinheiro que Tomás Vitor havia deixado na última vez.
"Violeta, este dinheiro é mais do que suficiente, você ainda pode comprar algumas roupas bonitas para si mesma. Vá, assim que você partir, irei até a família Gomes e direi que você foi à cidade cuidar de alguém doente e demorará alguns dias para retornar. A família Gomes está ansiosa, e não há outra mulher na vila que cuide das pessoas como você, eles esperarão por você."
O rosto da mãe de Violeta estava cheio de preocupação e urgência, e as lágrimas começaram a cair.
"Não sei que má sorte é essa, como você pôde engravidar de um homem desconhecido."
Violeta, tremendo, pegou o dinheiro.
Ela havia pensado que, se ele voltasse, usaria esse dinheiro para devolver a ele.
Mas já se passaram quase três meses, e ele provavelmente não voltaria.
Como os vizinhos diziam, deuses que descem à Terra apenas estão de passagem, e agora ele havia retornado aos céus.
Seu destino era esse: encontrar um homem na vila para se casar, cuidar da família dele, esforçar-se ao máximo para enviar a filha ou o filho para a escola e, então, como as outras fofoqueiras, passar os dias falando da vida alheia.
Se não tivesse encontrado com ele, aceitaria o arranjo de sua família de bom grado.
Mas o que foi aquela noite?
Foi um favor concedido antes de sua partida, ou um momento de paixão desenfreada? Deve haver uma razão.
"Violeta, não hesite mais, se demorar mais, o hospital vai fechar. Vá, seja obediente."
Violeta, segurando o dinheiro, saiu com passos pesados.
A última vez que Tomás havia deixado dinheiro, não era muito, vinte mil reais, o que para a família dela era uma grande soma.
Tomás, naquela ocasião, não havia trazido dinheiro extra, pois estavam acostumados a usar cartões, mas em uma área tão remota, mesmo que dessem o cartão, seria inútil para os outros, então ele deixou os vinte mil reais que tinha como agradecimento por terem acolhido Valentim.
Agora, Violeta precisava usar esse dinheiro para ir à cidade e fazer um aborto.
Ao entrar no ônibus, ela parecia distante, até mesmo quando alguém ao lado a cumprimentava, ela não percebia, apenas olhava para as montanhas ao redor, e seus olhos rapidamente se encheram de lágrimas.
Como ela pôde ser tão ingênua a ponto de pensar que ele voltaria? O dinheiro que ele deixou, vinte mil reais, já era um sinal claro, comprando aquela noite para que ambos pudessem esquecer.
Foi ela quem esqueceu de se proteger, resultando na gravidez. A culpa foi dela.
O ônibus para a cidade já era antigo, afinal, as estradas da montanha eram difíceis de navegar, e o cheiro de couro dentro do ônibus fazia Violeta querer vomitar.
Ela abriu a janela ao lado para deixar o ar fresco entrar e acalmar suas emoções.
Mas o trecho da estrada por onde o carro passava era o mesmo onde ela e Valentim tinham ficado presos naquela noite.
Uma faxineira com um forte sotaque perguntou se ela estava tendo dificuldades para encontrar o andar.
Violeta balançou a cabeça, sentindo as pernas fracas.
Desde pequena, ela sempre teve uma saúde excelente, pois corria pelas montanhas e quase nunca ficava doente.
Agora, contudo, sentia-se desconfortável por todo o corpo, com a ponta dos dedos tremendo levemente.
O hospital da cidade não tinha um ambiente muito bom, e o odor era bastante forte.
Violeta deu alguns passos e finalmente encontrou o lugar, sentando-se na cadeira com nervosismo à espera.
Ela sempre havia sido a pessoa que cuidava dos outros, mas agora era ela quem precisava de cuidados.
Antes dela na fila, haviam duas jovens, uma delas confortando a outra.
“Você deveria ter se cuidado. Se seus pais descobrirem, eles vão te matar de tanto brigar, e aquele homem também não é confiável. Esperou você engravidar para dizer que já tinha esposa. Isso não te coloca na posição de amante contra a sua vontade? Os tios e tias sempre se preocupam com as aparências. Se os vizinhos souberem, o escárnio deles poderia 'afogar' sua família.”
A garota sendo confortada chorava incessantemente, falando sobre como acreditava no amor verdadeiro e não esperava ser traída.
“Se as palavras de um homem fossem confiáveis, até porcas subiriam em árvores.”
Essa frase cravou-se na mente de Violeta como um prego.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor com Meu Sugar Daddy
tem continuação???? 🙏🏻...
Esperando há uma semana pra atualização da história de Lorena e nada autor por favor 😔...
E essa história da Lorena??...
eu amo esse livro ✨...
Não vai mais atualizar 😪...
Vai continuar. Ou vai para por aqui...
Continua a história é tão boa...
melhor livro!...
esperando ansiosa para saber quem é o mascarado 🙏🏻...
Adoro essa história pena que demora pra atualizar...