- César Reyes. 24 anos. O segundo filho mais velho de Thomas Reyes, o presidente da Grupo Farmacêutico HT, Nádia recitou a biografia de César enquanto conduzia.
- Depois que Benedito Reyes, o filho mais velho de Thomas, ficou aleijado, Thomas depositou todas as suas esperanças em César. Ele está atualmente estudando na Universidade Cidade de Pérola Branco, e definitivamente não é nenhum santo. Nádia fez uma pausa para uma batida.
- Ele fez muitas coisas desagradáveis, mas nunca foi pego devido a sua poderosa formação.
Enquanto dirigiam, Nádia continuou a enumerar todas as coisas que o César havia feito. O nível de detalhes no relatório de Nádia abalou Maria até o âmago.
Como alguém poderia descobrir tantos detalhes sobre uma pessoa em tão curto espaço de tempo? Ela foi capaz até mesmo de listar todos os crimes do César por ano!
Maria roubou uma olhada na Nádia. Que diabos ela fazia para viver? Ela era uma agente da CIA ou algo assim?
Mais importante ainda, como Leonardo conhecia tal mulher?
Será que Lídia sabia?
Uma barragem de perguntas sobre Leonardo assaltou a mente de Maria.
O desprezo e o desdém já não enchiam mais os olhos de Maria quando ela olhava para Leonardo agora. Ao invés disso, seus olhos estavam cheios de espanto, curiosidade e... até mesmo um pouco de admiração.
Mal sabia Maria que naquele momento, seu coração havia começado a ansiar pelo homem que era Leonardo Camargo.
O suave risinho de Leonardo encheu o interior do Rolls-Royce.
- Thomas Reyes é um homem respeitável. Mas seus dois filhos não são nada além de escumalha inútil, que está morto por arruinar sua reputação.
Leonardo reclinou-se em seu assento e pensou sobre as loucuras dos filhos de Thomas Reyes. Seu filho mais velho, Benedito Reyes, tinha se metido em problemas depois de tentar flertar com Kaila Leite. Kaila não aprovou seus avanços e ordenou que seus homens o aleijassem - e também arruinassem seus testículos. E agora César tinha se metido em problemas com Leonardo.
Os dias da Farmacêutica HT estavam contados.
O toque de Leonardo soava na época.
Leonardo olhou para seu telefone e ficou surpreso ao ver o nome de Lídia rebocado na tela.
Esta foi a primeira vez que Lídia ligou para Leonardo.
- Alô? Lídia?
O comportamento de Leonardo mudou no momento em que ele pegou o telefone. Foi-se a sua expressão sombria e aterrorizante, e em seu lugar estava a expressão de um homem apaixonado.
- É tarde. Por que você ainda não está em casa?
O tom de Lídia era frio como sempre, embora Leonardo pudesse ouvir o sutil anseio em sua voz.
Leonardo soltou uma risada genuína.
- Eu preciso cuidar de algo. Mas logo estarei em casa.
Um longo silêncio encheu a outra ponta da linha.
- Emília sente sua falta. Houve uma pausa.
- Você e Maria devem voltar para casa em breve. A hora de dormir da Emília é às 21h.
- Eu vou.
A chamada terminou com um clique.
Leonardo reclinou-se novamente em seu assento, olhando para a tela escura de seu telefone em silêncio. Um momento depois, ele levantou o olhar e pegou o olhar de Nádia no espelho retrovisor.
- Por favor, pise sobre ele, Nádia. Vamos embrulhar isto até as 20h30, certo?
- Sim, senhor.
O carro avançou quando Nádia pressionou o pé sobre o acelerador.
Maria, que tinha ouvido a conversa entre Leonardo e Lídia, entendeu porque Leonardo queria terminar as coisas rapidamente. Foi porque Emília tinha começado a sentir falta de seu pai.
E o fato de Leonardo ter querido ir para casa para ver Emília antes de a menina ir para a cama aqueceu o coração de Maria.
Ela abriu a boca para falar, mas não saiu nenhum som. Um momento depois, ela mudou de idéia e decidiu guardar seus pensamentos para si mesma.
Nada mais foi dito para o resto da viagem.
***
Logo, o Rolls-Royce encostou em frente ao Royale Clubhouse. Naturalmente, um cara como César Reyes não ficaria nos dormitórios.
Atualmente, César estava hospedado em uma das suítes presidenciais do Royale Clubhouse.
Leonardo e Nádia abandonaram o carro. Quando Maria se mudou para sair do carro, Leonardo a deteve.
- Você precisa ficar no carro. Não vamos demorar. Dê-nos dez minutos.
- Mas...
- Sem mas.
Leonardo deu a Maria um olhar severo, esperando que ela cumprisse.
Ele não queria que Maria viesse porque achava que Maria não seria capaz de suportar a idéia do que ele planejava fazer com o César esta noite.
Além disso, o Rolls-Royce poderia manter Maria a salvo. O carro estava equipado com pára-brisas e janelas à prova de balas. Havia também compartimentos secretos no interior para armazenar armas.
Felizmente, Maria cumpriu sem nenhuma reclamação. Depois de trancar o carro, Leonardo e Nádia entraram no prédio.
No caminho para o elevador, eles foram parados pela jovem no balcão da recepção.
- Olá. Por favor, mostrem-me seus cartões de sócio...
Leonardo passou pela mulher sem poupá-la a um olhar.
- Espere! Senhor...
As palavras da senhora morreram em seus lábios quando Nádia de repente se virou e atirou um clarão de morte.
- Fique fora do nosso caminho se você valoriza sua vida - disse Nádia.
A recepcionista vacilou e seguiu Leonardo e Nádia com seu olhar até ambos entrarem no elevador.
- Não prenda a respiração. Ele não virá hoje à noite.
O olhar de César voou em direção à porta. Aquela voz fria pertencia a um homem, e veio de fora da porta.
Então, a porta se abriu e voou de suas dobradiças.
A mulher no braço do César gritou, e se mexeu em direção ao canto da sala.
César olhou fixamente para a porta quebrada, atordoado demais para sequer se mexer. Isto era impossível. Aquela porta deveria ser inquebrável sem o código de segurança adequado. No entanto, ela havia acabado de ser retirada de suas dobradiças com um único golpe.
César saltou para seus pés e enfrentou o homem e a mulher na porta.
- Quem diabos são vocês?!
O casal entrou na sala sem dizer uma palavra.
O olhar no rosto do homem era positivamente desumano. Era frio e cruel, como se ele estivesse a poucos momentos de transformar César em um cadáver. A mulher tinha o olhar de um assassino mortal, seus olhos carmesim gritando assassinato.
- Você é César Reyes?- Leonardo disse friamente.
- Não vou perguntar de novo, rugia César.
- Quem são vocês, porra? Você sabe em que território você está?
O corpo de César foi lançado ao ar quando o pé de Nádia bateu em sua seção intermediária.
César bateu no chão, seu corpo se enrolou como um camarão.
- Meu chefe lhe fez uma pergunta, rosnou Nádia.
- É melhor você responder.
A dor consumiu César, e ele se sentiu como se tivesse acabado de ser atropelado por um caminhão. Lutando contra a dor, ele subiu aos seus pés e olhou Leonardo e Nádia com medo em seus olhos.
- Por que você está fazendo isso? Eu não fiz nada que o ofendesse.
Um sorriso frio puxou os lábios de Leonardo.
- Sério? Você está me dizendo isso depois que tentou mexer com minha cunhada?
- Cunhada...?
Os olhos de César se alargaram.
- V, Você é o... cunhado de Maria?
- Nádia...- Não havia uma única gota de alegria no sorriso de Leonardo.
- Você sabe o que fazer.
- Sim, senhor.
Com olhos propositados, Nádia caminhou em direção ao César.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A Vingaça do Comando Leonardo
Aos diretores coordenadores, terão novos capítulos ou não?...
Vão ter novos capítulos para quando?...
Quando a saida de novos capítulos...