Marcelo Lopes parou de repente, "Que tipo de pessoa?"
"Um homem de baixa estatura, provavelmente entre quarenta e cinquenta anos, não consegui ver bem o rosto, ele estava sempre de máscara e chapéu, mas seus olhos pareciam carregar os sinais dos anos. Ele disse que veio fazer uma doação, mas ficou perguntando sobre a Sra. Fernanda e a Sra. Flávia o tempo todo. Quando soube da morte da Sra. Fernanda, seu semblante se entristeceu, depois doou alguns milhares de reais e, ao sair, pediu ao diretor o endereço do cemitério onde a Sra. Fernanda foi enterrada, parecia conhecê-la, mas quando o diretor perguntou, ele disse que só tinha ouvido falar, um homem bastante estranho."
Marcelo Lopes franzia a testa. ✴
Um homem de meia-idade de baixa estatura?
Ele vasculhou sua mente procurando alguém que pudesse ter alguma relação com a Família Nunes, mas, depois de muito pensar, não encontrou nenhuma pista.
"Ele disse mais alguma coisa?"
Felipe Monteiro pensou um pouco e disse, "Não, só olhou algumas fotos da Sra. Fernanda e da Sra. Flávia, e ao sair, disse que voltaria depois."
Marcelo Lopes hesitou por um momento, de repente pensou em uma possibilidade, será... o pai biológico de Flávia?
Enquanto pensava, a voz de Flávia Almeida chegou de longe, "Vamos lá ajudar, não estamos dando conta do churrasco!"
Marcelo Lopes voltou a si, deu um tapinha no braço de Felipe Monteiro e disse calmamente, "Vamos trabalhar."
Flávia Almeida brincava com as crianças do orfanato, oferecendo presentes e dizendo que eles veriam os presentes primeiro, e que os que se apresentassem bem receberiam os presentes. Inicialmente, as crianças estavam um pouco tímidas, mas gradualmente se soltaram e começaram a se apresentar animadamente.
Marcelo Lopes sentou-se ao lado, assistindo às apresentações desajeitadas dela e às crianças que a desmascaravam sem que ela admitisse, um sorriso leve apareceu em seus lábios.
"Sr. Lopes."
A voz do diretor do orfanato veio de um lado.
Marcelo Lopes virou-se e viu o diretor segurando uma taça de vinho, olhando para ele com gentileza, "Posso brindar com você?"
Marcelo Lopes prontamente pegou com ambas as mãos, dizendo em voz baixa, "Você é meu superior, não deveria, eu que deveria brindar com você."
O diretor balançou a cabeça, "Não fosse por você, como eu ainda estaria aqui cuidando dessas crianças? Você merece."
Marcelo Lopes hesitou, e então sorriu, embora a doação fosse anônima, o diretor não era ingênuo. Uma grande doação vinda de alguém de Cidade Viana, relacionada a Flávia Almeida, quantos poderiam ser?
Ele não disse mais nada, aceitou.
O diretor brindou com ele, dizendo, "À vontade."
Após dizer isso, ele bebeu.
Marcelo Lopes na verdade não queria beber, sabendo seu limite com a bebida. Querendo aproveitar o tempo com Flávia, não queria acabar bêbado e perder esses momentos.
Mas, como o diretor bebeu, seria indelicado se ele, o mais jovem, não bebesse. Com isso em mente, ele também bebeu tudo.
O diretor lhe serviu mais uma taça, "Esta é em nome da Fernanda, para você."
Marcelo Lopes se surpreendeu, de repente se sentindo culpado. Ele não havia ajudado muito no funeral de Fernanda Nunes, e por sua negligência, Flávia se encontrava desamparada naquela época.
"Eu..." Marcelo Lopes fechou os lábios, "Eu não mereço."
Após o diretor ir embora, Flávia Almeida finalmente se desvencilhou das crianças e sentou-se ao lado de Marcelo Lopes, "O que você estava cochichando com o diretor?"
Marcelo Lopes, apoiando o cotovelo na mesa e a palma da mão na testa, ao ouvir a voz de Flávia Almeida, abriu os olhos para olhá-la.
Ela parecia muito animada brincando com as crianças, suas bochechas estavam coradas e seus olhos brilhavam.
Marcelo Lopes suavemente bagunçou o cabelo dela, "O diretor disse que você tem um temperamento difícil, que eu deveria ser mais paciente."
Flávia Almeida fez uma pausa, "Você está falando de si mesmo, não é?"
Marcelo Lopes riu um pouco e se inclinou para apoiar o queixo no ombro dela, "Então, seja paciente comigo."
Flávia Almeida respondeu, "Eu não tenho sido paciente o suficiente com você? Quantas vezes você bebeu demais e eu tive que lidar com a bagunça?"
Ela lhe passou um copo de água, "Você não sabe o quanto aguenta, e sempre acaba bebendo quando insistem. Não sabe dizer não, a não ser para ofender os outros?"
Marcelo Lopes aceitou o copo, sorriu e disse baixinho, "Obrigado, Sra. Lopes."
Flávia Almeida lançou-lhe um olhar severo, "Não abuse da sorte."
Marcelo Lopes estava exausto, tomou um gole d'água e continuou a se apoiar em seu ombro, ouvindo-a falar, quando de repente disse, "O médico recomendou que a frequência de relações íntimas seja de uma a duas vezes por semana, e já passou mais de uma semana desde a última vez."
Flávia Almeida...
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A Rebeldia da Esposa Desprezada
Gosto de ler livros assim: quando a protagonista seja igual a Flávia Almeida, determinada, não fica chorando pelos cantos e não se humilha diante dos seus adversários....
Cadê a atualização? Um livro tão interessante como este não pode ficar assim, esquecido....
Não será mais atualizado?...
Não acredito que tenham parado a história sem resolver os mistérios de Flavia....
Poxa! Desrespeito, viu. Parou no 600 e desde setembro que não atualiza. Que dó....
Gente do céu! Cadê atualização. Já tem 15 dias sem nada. Vixiii!...
Cadê a atualização????...
Estou gostando muito desse livro me fez sorrir em vários momentos e também fiquei tensa em vários capítulos.fique triste por que não postaram mais capítulos,espero que postem mais pois estou muito curiosa para saber o final, tem muitos mistérios ainda para serem desvendados como a origem de Fifi....
Cadê a atualização????...
Cadê a atualização, não vai ter final?...