A Rebeldia da Esposa Desprezada romance Capítulo 472

“Eu também vi esse programa de TV! Quando abriram aquela porta, fiquei boquiaberta, era simplesmente o quarto dos meus sonhos!”

“Qual mulher não sonharia com um quarto assim?”

“A Sra. Antônia é tão discreta, né? Ela quase não usa essas coisas, se fosse eu, trocaria de bolsa todo dia, um mês sem repetir!”

Antônia Carvalho sorriu, “Muitas foram presentes das marcas. Eu mesma comprei poucas. Algumas já estão fora de moda. Estou pensando em fazer uma limpeza, descartar o que não quero mais e doar o restante, liberar espaço.”

As pessoas ao redor sentiam tanto inveja quanto ciúmes.

Quem teria coragem de descartar bolsas que custam milhares? Só mesmo quem tem status e ganha muito.

Nádia Morais lançou um olhar para Flávia Almeida, que estava limpando o celular, e disse de repente, “Que tal dar algumas para a Flávia depois? Afinal, o tipo de bolsa que se usa é uma preferência pessoal, mas não se pode negar a importância da qualidade.

Não tem problema entre nós, mas e na hora de um lançamento ou divulgação? Não dá pra sempre usar uma bolsa que não é de marca, afeta a imagem da produção.”

Flávia Almeida parou o que estava fazendo.

Olhou para Nádia Morais e respondeu calmamente, “Quem você está chamando de bolsa velha?”

Nádia Morais fingiu inocência, “Não foi isso que eu quis dizer. Estou pensando no seu bem. Você é nova no meio, não sabe muita coisa. A aparência é importante nesses eventos, você tem que gastar com roupas e bolsas. Você está começando, seu cachê não é alto, gastar tanto com aparência não é forçar a barra? A Sra. Antônia está se desfazendo de algumas bolsas, ela pode te dar algumas, assim você economiza, não é?”

Essas palavras pareciam cheias de boas intenções, como se realmente estivessem tentando ajudá-la a economizar.

Mas o tom era condescendente, claramente zombando.

Flávia Almeida ficou confusa, era essa a vibe do meio artístico agora? Ridicularizar a pobreza em vez da falta de moral?

Antes que Flávia pudesse responder, Antônia Carvalho já estava posando de benfeitora, “Se a Srta. Almeida quiser, claro que estou disposta a dar. Ia jogar fora mesmo, se puder ajudar a Srta. Almeida, melhor ainda. Melhor do que descartar.”

As expressões das outras atrizes variavam.

Elogios velados e críticas disfarçadas, era o velho jogo de sempre.

Todos sabiam do que se tratava, mas ninguém ousava defender Flávia Almeida, afinal, desafiar Antônia Carvalho não era algo que pessoas comuns fariam.

Ficar em silêncio já era uma bênção, mas havia quem concordasse, “A Sra. Antônia é tão generosa com os novatos. Se eu tivesse te encontrado quando entrei para o meio, teria economizado tanto.”

“A Sra. Antônia sempre ajuda os novatos.”

“Flávia, você é sortuda.”

...

Antônia Carvalho estava radiante com os elogios, olhando para Flávia Almeida com desprezo.

Durante um mês de filmagens, ela foi constantemente ofuscada por Flávia.

Elas tinham muitas cenas juntas, e sempre que era a vez delas, Antônia Carvalho era repreendida por Jerônimo Leme.

Sempre por culpa dela. Sabendo que teria que atuar contra Flávia, Antônia se esforçou nos estudos, mas quem pode competir com anos de preparação nos bastidores?

Ela sabia seu texto de cor, mas perto de Flávia, as palavras sumiam. Em outras palavras — ela não conseguia acompanhar o ritmo de Flávia.

Jerônimo Leme estava um segundo assistindo a uma série chinesa com Flávia Almeida e, no outro, foi arrastado por Antônia Carvalho para um drama melodramático, por isso naturalmente não estava muito satisfeito com ela. Apesar de não ter discutido verbalmente, também não escondeu sua insatisfação.

Antônia Carvalho, claro, colocou toda a culpa desses incômodos em Flávia Almeida, sempre procurando uma oportunidade para pisar nela.

Depois de terminar seus elogios exagerados, Antônia Carvalho finalmente disse, um tanto "indecisa", "Vamos, gente, sem tumulto," olhando para Flávia Almeida com um ar generoso, "Flávia, tem muita gente aqui, sei que você está constrangida. Que tal vir à minha casa amanhã para escolher o que quiser? Trabalhamos na mesma empresa, serei obviamente mais generosa com você do que com os outros."

Flávia Almeida lançou um olhar para o rosto falso da outra. Quando Antônia Carvalho não estava atuando, ela realmente atuava muito bem.

O grupo chegou na casa de Antônia Carvalho em dois carros rapidamente.

Ao abrir a porta, foram recebidos por uma decoração europeia extremamente luxuosa, com um pé-direito de cinco metros e um enorme lustre de cristal pendurado no teto, tão extravagante quanto cafona.

Essa estética mostrava que Antônia Carvalho queria que todos soubessem que era rica.

Todos admiravam a planta da casa e a decoração.

Antônia Carvalho falou modestamente, "Foi só uma decoração simples. A casa não tem um solário, na verdade não é tão confortável. Se não fosse pela localização, eu já teria vendido para comprar outra."

Uma casa de milhões mencionada como se fosse fácil de comprar, fez todos se sentirem invejosos.

Flávia Almeida olhou discretamente para a casa, pensando que realmente deveriam comprar uma nova. A sala de estar nem era maior do que o seu restaurante. Isso também conta como uma mansão?

Rapidamente, Antônia Carvalho levou todos para o segundo andar, e ao abrir a sala de armazenamento de malas, todos exclamaram em surpresa.

Um espaço de dezenas de metros quadrados estava equipado com centenas de armários de vidro, cada um meticulosamente organizado com uma bolsa.

De todos os tamanhos, mochilas, bolsas de mão, bolsas de ombro, havia de tudo, especialmente na parede em frente à porta, quase todas eram da Chanel e YSL.

Alguém exclamou, "Meu Deus, quanto dinheiro isso custou?"

"Esse tom acabou de ser lançado e já esgotou, a Sra. Antônia conseguiu pegar um!"

"Quero morar aqui."

Todos ao redor trocavam olhares e comentários, elevando Antônia Carvalho às alturas.

Nádia Morais lançou um olhar para Flávia Almeida, que mantinha uma expressão serena, e com um sorriso malicioso disse, "Sra. Antônia, quais bolsas você não quer? Vamos deixar a Flávia escolher, ela parece estar ansiosa."