A Rebeldia da Esposa Desprezada romance Capítulo 446

Beatriz Almeida olhava para a cena com uma expressão terrivelmente distorcida.

Flávia Almeida estava jantando com Marcelo Lopes!

Eles não tinham se divorciado?

Após uma separação tão tumultuada, na qual Marcelo Lopes a deixou sem nada, como eles poderiam estar jantando juntos? E ainda por cima, fazendo gestos de intimidade?

Não é à toa que Flávia Almeida estava tão confiante, mantendo Marcelo Lopes por perto e brincando com Antônio Martins. Após o divórcio, ela parece que se saiu ainda melhor entre esses homens!

Beatriz Almeida, com inveja e raiva, saiu sem sequer terminar sua refeição.

Sua amiga, esperando há um bom tempo, decidiu sair à sua procura.

Assim que saiu, um garçom a impediu de continuar, pedindo que ela pagasse a conta primeiro.

Leila disse, "Estou procurando minha amiga para que possamos pagar juntas."

O garçom, por sua vez, informou diretamente, "A Srta. Almeida já foi embora."

Leila ficou chocada, e sua expressão azedou imediatamente. Aquela maldita Beatriz Almeida, havia dito que pagaria e foi por isso que ela pediu tanto. Agora, deixou-a para pagar a conta?

Gente simples é assim mesmo, por mais que tente, nunca se transforma em algo grandioso!

Quando Beatriz Almeida chegou em casa, jogou sua bolsa no sofá e nem trocou de sapatos, marcando o chão recém-limpo pela empregada com seus passos.

A empregada rapidamente trouxe os chinelos de Beatriz, falando baixinho, "Senhorita, por favor, troque seus sapatos. Eu acabei de limpar o chão."

Beatriz, cheia de raiva e sem ter onde descontar, não só se recusou a trocar os sapatos como também fez questão de pisar várias vezes no chão ainda úmido.

"Se acabou de limpar, limpe de novo. Você é paga para fazer isso. Pensou que era fácil ganhar dinheiro aqui? Achou que nós somos uma instituição de caridade?"

A empregada, com uma expressão de desgosto, abaixou a cabeça sem dizer uma palavra e começou a limpar novamente as pegadas no chão.

Beatriz, olhando de soslaio, viu que a empregada tinha acabado de limpar as marcas e imediatamente voltou a sujar o chão.

Quando a empregada olhou para ela, Beatriz disse friamente, "O que está olhando? Continue limpando."

A empregada apertou os lábios e foi limpar de novo.

Antes que pudesse terminar, Beatriz derrubou as tintas que Diogo Almeida não havia guardado sobre a mesa, espalhando-as pelo chão.

As tintas coloridas mancharam tudo, inclusive o tapete.

A empregada, visivelmente irritada, falou com a voz tensa, "Senhorita, tintas assim são difíceis de limpar quando penetram nas frestas do piso."

Beatriz sorriu de lado, "Se é difícil, use um pano e limpe de joelhos. Com o salário que recebe, não é demais pedir que faça isso, certo?"

Limpar de joelhos... era uma humilhação.

A empregada, com os olhos cheios de lágrimas de raiva.

Beatriz se deleitava vendo o desconforto dela.

Nem todos têm o luxo de pedir demissão. As pessoas comuns, mesmo que detestem seu trabalho e se sintam humilhadas, precisam aguentar para sobreviver.

Quando João Almeida chegou em casa, viu a empregada com os olhos vermelhos, meio ajoelhada, limpando o chão, enquanto Beatriz Almeida, sentada no sofá, continuava jogando cascas de sementes no chão e exigindo que a empregada limpasse tudo.

Márcia Ferreira imediatamente entendeu por que João Almeida estava tão irritado.

Claro que não era porque ele tinha sentimentos profundos por Fernanda Nunes, mas sim porque estava nervoso e paranoico com os recentes acontecimentos sobrenaturais que perturbavam a casa.

Desde que Sílvio desenhou uma cena do acidente de carro de Fernanda Nunes, incidentes sobrenaturais começaram a ocorrer sem parar.

Por exemplo, um pacote de leite recém-aberto de repente se transformou em sangue, fotos de Fernanda Nunes que haviam sido queimadas reapareceram ao lado da cama dela e de João Almeida na manhã seguinte, e, às vezes, podia-se ouvir a voz de Fernanda Nunes cantando ópera no meio da noite vindo do sótão...

Tais acontecimentos sobrenaturais deixaram João Almeida extremamente nervoso. Ele até começou a acender incensos e rezar, viajando horas de carro apenas para fazer doações em templos, buscando algum conforto psicológico.

E Márcia Ferreira? Ela nunca acreditou em fantasmas!

Se Fernanda Nunes realmente se tornou um fantasma vingativo, por que ela apenas os assustaria com truques em vez de buscar vingança?

Mesmo que tivessem câmeras de segurança em casa, e estas não capturassem ninguém provocando os incidentes, ela estava convencida de que não se tratava de atividades fantasmagóricas.

Mas João Almeida, obviamente, pensava diferente. Ele, que era extremamente supersticioso, ficou furioso quando Beatriz mencionou Fernanda Nunes.

Virando-se, ela repreendeu Beatriz Almeida em voz baixa, "Fique quieta."

Depois, segurou João Almeida e tentou acalmá-lo com suavidade, "João, se acalme, a Beatriz normalmente não é assim, ela deve ter se chateado com algo lá fora. Você ainda não a conhece?"

A raiva de João Almeida diminuiu um pouco, e ele disse seriamente, "Você também precisa educar melhor essa criança. Ela já é adulta, e fala sem nenhuma educação! Veja como a Rainha educa a Flávia, ela nunca faria algo assim, de maltratar os empregados da casa!"

Ao ouvir isso, Márcia Ferreira sentiu o sangue ferver de irritação.

Beatriz Almeida de imediato disse, "Você acha que Flávia Almeida é uma pessoa educada? Se ela fosse educada, não estaria flertando por aí com todos os homens após o divórcio!"

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