A Rebeldia da Esposa Desprezada romance Capítulo 438

"Não precisa," Marcelo Lopes retirou o olhar, "arranje para que ela volte para sua casa de origem."

"Certo."

O carro passou pelo veículo em que Aline Lopes estava e se misturou ao fluxo de trânsito.

No caminho, Marcelo Lopes recebeu uma mensagem de Flávia Almeida: "A empresa arranjou um carro para me levar, você e o Presidente Rocha podem ir diretamente ao set."

Marcelo Lopes franziu a testa, pensou um pouco e respondeu com um "Ok."

Não deixam buscar, mas dar uma olhada ainda pode, certo?

Às nove horas, a campainha da sala 901 tocou, Flávia Almeida ainda estava se maquiando. Ao vê-la indo em direção ao hall, Isabela se levantou apressadamente dizendo, "Eu abro."

Ao abrir a porta, Isabela ficou surpresa, "Milton, Presidente Martins?"

Antônio Martins falou com uma voz suave, "Estão prontos?"

"Quase," Isabela apressadamente convidou-os para entrar, curiosa por que o Presidente Martins tinha vindo pessoalmente.

Assim que chegaram à sala, Flávia Almeida apareceu.

Ela acabara de se maquiar, o cabelo ainda solto, e ao ver Antônio Martins, ficou tão surpresa quanto Isabela.

"Antônio, você voltou?"

Assim que Antônio Martins a viu, seus olhos e suas sobrancelhas suavizaram involuntariamente, "Voltei anteontem à noite, e como hoje estava livre, pensei em acompanhar vocês na cerimônia de início das filmagens."

Ele apontou para as sacolas de vários tamanhos sobre a mesa de centro, "Meus avós gostaram muito de você quando assistiram a 'Fronteiras do Crime'. Sabendo que eu tinha te contratado, eles insistiram para que eu trouxesse alguns presentes e também para conseguir um autógrafo seu."

Flávia Almeida ficou lisonjeada, "Antônio, você é muito gentil. Se os velhinhos querem um autógrafo, era só pedir, não precisava trazer tantas coisas. Leve os presentes de volta, eu assinarei alguns a mais para você. Diga a seus avós, obrigada por gostarem de mim."

Antônio Martins sorriu, "Eu disse o mesmo, mas você sabe como são os idosos, teimosos, não tem quem os convença. Eles têm dificuldade de locomoção, não aguentariam a viagem até aqui, mas se não se importar, poderíamos fazer uma chamada de vídeo? Apesar de não poderem te ver pessoalmente, falar com você já os deixaria muito felizes."

"Claro que sim." Como ela poderia recusar um pedido desses?

Antônio Martins imediatamente pegou o celular, "Então vou ligar para eles agora."

Flávia Almeida também rapidamente amarrou o cabelo, sabendo que os idosos geralmente preferem meninas com o cabelo bem arrumado.

Em Brasília, na casa dos Goulart.

Vovô e Vovó Goulart estavam sentados no sofá, cada um com um espelho na mão.

Na frente deles, um homem de meia-idade com uma semelhança de cinco a seis décimos com Narciso Goulart olhava para os dois, um pouco divertido, "Pai, mãe, ainda não é hora de reconhecimento, vocês estão muito formais."

Um vestido com uma roupa estilo Zhongshan e o outro com um tangzhuang modificado, Vovô Goulart até pediu à nora para fazer um pequeno cacho no cabelo. Com quase oitenta anos, Vovô Goulart parecia muito vigoroso.

Vovô Goulart disse, "É a primeira vez que a Flávia vai nos ver, temos que dar importância," e se virou para Vovó Goulart, "Querida, meu cabelo está um pouco desalinhado, pode arrumar para mim?"

Vovó Goulart colocou o espelho de lado, levantou a mão, e franzindo a testa disse, "Você poderia abaixar um pouco a cabeça? Não consigo alcançar."

Vovô Goulart abaixou a cabeça enquanto dizia, "Tenho medo de desarrumar o cabelo se fizer isso."

A conversa mal havia acabado quando o celular de José Goulart começou a tocar.

Ele apressou-se, dizendo, "Chegou, chegou, parem com isso e vamos nos aprontar."

Vovó Goulart deu uma ajeitada desajeitada nos cabelos de Vovô Goulart, retirando-os para trás da cabeça, e apressou-se de volta ao seu lugar, pegando o cartaz de apoio que Antônio havia dado, colocando-o cuidadosamente entre eles.

Vovô Goulart tinha uma aparência mais séria, com sobrancelhas espessas e olhos grandes, emanando dignidade e um ar nobre.

"Essa menina sabe como agradar," disse a Vovó, visivelmente feliz, olhando atentamente para a imagem na tela, fazendo perguntas sobre sua família, sua infância e se tinha namorado.

Flávia Almeida também respondeu sinceramente, embora reservadamente.

"Deixe-me também falar um pouco com Flávia."

Vovô Goulart, lutando por um espaço na conversa, não pôde deixar de reclamar.

Vovó Goulart quase revirou os olhos, "Você demorou tanto para falar. Eu te impedi?"

Vovô Goulart ficou quieto, pensando que ela falava sem parar, quando teria ele a chance de intervir?

Mas ele não ousava expressar isso e, em vez disso, voltou-se para a câmera com um olhar gentil, "Flávia, coma bem, não fique muito magra, é importante estar saudável."

Flávia Almeida sentiu um calor no coração e murmurou, "Entendi, vovô."

Ela hesitou um momento antes de continuar, "Vovô, vovó, eu entendi seus sentimentos, e deixarei Antônio levar os presentes. Assinarei uma foto para ele mais tarde. Na próxima vez que eu for a Brasília, farei uma visita."

Vovó Goulart disse, "Se quiser guardar os presentes, guarde; se não, pode descartá-los. Não são coisas de grande valor, já mandei tudo com Antônio. Não faz sentido devolver."

Isso deixou Flávia Almeida sem palavras, pois, de qualquer forma, ela não poderia simplesmente descartá-los. Então, ela simplesmente respondeu, "Agradeço pela consideração."

Os idosos pensaram consigo, que isso era apenas o começo. Sua querida neta que não viam há mais de vinte anos merecia todo o amor e todos os presentes do mundo.

Após conversarem mais um pouco, Flávia Almeida disse, "Vovô, vovó, eu tenho mais trabalho a fazer e preciso trocar de roupa. Vou devolver o celular para Antônio."

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