A Rebeldia da Esposa Desprezada romance Capítulo 319

Patrícia Batista parecia visivelmente mais contente.

Ela sempre imaginou uma nora como Juliana Martins, uma herdeira de uma família tradicional. Ela nunca aprovou Flávia Almeida, de origem mais humilde, e agora, quando descobriu que Flávia era, na verdade, filha ilegítima de Fernanda Nunes, fruto de um relacionamento extraconjugal, sua repulsa só aumentou.

Felizmente, Marcelo finalmente se divorciou dela. Agora, com seu futuro casamento com Juliana Martins e o apoio da família Martins, ele certamente entenderia todas as boas intenções dela.

"Os fogos de artifício estão prontos?"

Sra. Coutinho confirmou com a cabeça: "Fogos especiais, com a imagem da Vovó Lopes e votos de felicidades, únicos para esta noite. Com certeza vão conquistar o coração da Vovó Lopes."

"É por isso que confio em você."

Sra. Coutinho, humilde, respondeu: "Patrícia ajudou-me tanto, é o mínimo que posso fazer. E quanto àquela questão do meu marido..."

Patrícia Batista hesitou por um momento: "O Marcelo acabou de se divorciar, há coisas que não posso resolver agora. Mas não se preocupe, assim que esse período acabar, certamente encontrarei uma solução para você."

A verdade era que Marcelo Lopes havia cortado sua mesada e, com os recentes problemas na linha de produção da família Batista, seu próprio lucro estava diminuindo. ❄

Entretanto, Patrícia Batista acreditava que essas dificuldades eram temporárias.

Marcelo Lopes estava casado com Flávia Almeida há mais de três anos; até um cachorro se torna querido nesse período. Era natural que ele ficasse chateado, mas isso passaria.

Não acreditava que uma mulher de origem tão humilde pudesse superar os laços de sangue da família.

Quando ouviu isso, a Sra. Coutinho se sentiu mais calma.

"Aline, você emagreceu recentemente?"

Aline Lopes, vestindo um elegante vestido vermelho e com um penteado de princesa, havia perdido peso após ser agredida por Flávia Almeida, o que inicialmente a impediu de comer e exigiu um longo período de recuperação.

Agora recuperada, ela estava visivelmente mais magra, com o rosto afinado realçando ainda mais seus traços, lembrando muito Patrícia Batista em sua juventude, que era uma grande beleza. A aparência de Aline Lopes naturalmente não ficava para trás.

Para a festa de aniversário da vovó Lopes, ela havia se arrumado especialmente, pois Lucas Ramos estaria lá.

Aline Lopes tocou seu rosto, perguntando timidamente: "É tão óbvio assim?".

"É bem óbvio" - disse uma amiga: "mas você está ainda mais linda. Desde que a Flávia Almeida não apareça, com certeza você será o destaque".

O sorriso de Aline Lopes se desfez.

Flávia Almeida era como um pesadelo para as mulheres da alta sociedade.

Sem ela, as outras podiam brilhar, mas com a presença de Flávia, todas ficavam ofuscadas.

Sua beleza e pele clara faziam com que qualquer pessoa ao seu lado parecesse menos atraente e sem graça.

Alguém comentou: "Será que ela ainda tem coragem de aparecer? Ela não tem vergonha?"

"Quando ela ainda era casada, fazia questão de exibir todas as suas joias em eventos, gabando-se sem parar. Agora, divorciada e revelada como filha ilegítima, deve ser difícil até mesmo encontrar uma joia adequada para usar. Com sua vaidade, duvido que ela tenha coragem de exibi-las."

"A família Almeida realmente se superou, ambos os lados tendo affairs e gerando uma filha ilegítima, um verdadeiro par perfeito."

"Ainda bem que seu irmão teve a previsão de se divorciar dela. Ter uma esposa assim é de enlouquecer."

Aline Lopes sorriu com satisfação: "Então, vamos lá, o lugar da minha cunhada ainda está vago."

As amigas riram: "Isso depende dos seus esforços para nos conectar."

Com isso, as outras amigas também começaram a elogiar.

Apesar de Juliana Martins ter acabado de retornar ao Brasil, todos eles pertenciam ao mesmo círculo social, e era natural que se esforçassem para manter as aparências.

Juliana Martins, acostumada a esses eventos no exterior, lidava com a alta sociedade com facilidade, falando na medida certa - nem muito calorosa nem muito distante, sempre mantendo a compostura e a dignidade esperadas de uma herdeira.

Enquanto isso, Marcelo Lopes já estava esperando por Flávia Almeida em frente ao seu prédio há uma hora.

Ele consultou o relógio, franzindo a testa, e estava prestes a ligar quando Marcos Rocha o interrompeu: "Você não tem um pingo de paciência, como espera reconquistar sua ex-mulher?"

"Ela me disse para vir às cinco, agora são seis! Isso é não ter paciência?"

"Uma hora apenas, você já esqueceu quantas vezes teve que esperar dias por negócios? Se você pode ter paciência para negócios, por que não pode ter um pouco para esperar pela sua ex-esposa?"

Marcos Rocha recostou-se no carro, erguendo levemente as pálpebras: "Se você está disposto a esperar por aqueles que não compartilharão a vida com você, por que não esperar algumas horas por alguém que pode compartilhá-la? Além disso, se ela está se arrumando para te ver, você deveria ficar feliz. Se não se importasse, nem se maquiaria."

Marcelo Lopes refletiu sobre as palavras dela e, ao pensar sobre isso, encontrou uma certa lógica nelas.

A ideia de que Flávia Almeida estava se vestindo para desencorajar outras pessoas de se aproximarem dele o fez ver a espera de forma diferente.

Por volta das seis e quinze, Flávia Almeida finalmente saiu do apartamento.

Ela estava com os cabelos bem presos atrás da cabeça, com uma maquiagem impecável e usava um vestido longo lilás que ia até os tornozelos. As mangas eram parcialmente abertas com um design que incluía detalhes de babados, e a fenda alta na saia permitia vislumbres de suas pernas longas e impressionantes enquanto ela andava. De alguma forma, ela conseguiu incorporar tanto a elegância quanto a sensualidade simultaneamente.

Conforme ela passava, as pessoas ao redor não conseguiam evitar de lançar olhares curiosos.

Marcelo Lopes sentiu seu olhar se aprofundar involuntariamente.

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