A Rebeldia da Esposa Desprezada romance Capítulo 311

O interlocutor ficou surpreso, e imediatamente sua expressão tornou-se menos agradável. Pensou consigo mesmo: "Quem é esse, com um tom tão arrogante?"

Já havia colegas ao seu lado que reconheceram Antônio Martins, sussurrando baixinho: "Parece ser o Sr. Martins da Precisão Elite Industrial S.A."

Precisão Elite Industrial S.A., na cidade de Viana, a família Martins.

A tentativa de conseguir uma entrevista com a Precisão Elite Industrial pela Laranja Aromática Comunicação foi infrutífera inúmeras vezes, não conseguindo morder aquele osso duro.

E hoje, quando menos esperava, se deparou com ela, achando que seria uma conquista fácil, mas que acabou se tornando um marco nefasto em sua carreira.

A pessoa estava pálida, com uma expressão de indignação reprimida, ousada em sua raiva, mas sem coragem de expressá-la.

No entanto, Antônio Martins não era de uma disposição tão dócil e falou friamente: "Afaste-se!".

Os jornalistas que o cercavam finalmente abriram caminho.

Antônio Martins então virou-se para Flávia Almeida, a frieza em seu rosto desaparecendo instantaneamente, sua voz suavizando um pouco: "Vamos daqui."

Finalmente recuperando-se do choque da reviravolta no tribunal, Flávia Almeida se recompôs e, agradecida, seguiu Antônio Martins junto com Francisca Ferreira.

O carro de Lucas Ramos já estava à porta. Antônio Martins bateu no vidro e disse a Lucas Ramos: "Lucas, pode ir na frente. Eu e a Srta. Almeida temos algumas questões de trabalho para discutir. Mais tarde, eu a levarei para casa."

Lucas Ramos olhou para Flávia Almeida: "Flávia, você está bem?"

Flávia Almeida ergueu os olhos, sua face um tanto pálida, mas não parecendo muito mal.

Ela murmurou com os lábios vermelhos levemente pressionados: "Estou bem, Dr. Ramos. Obrigada por hoje. Vou te convidar para jantar outro dia, tenho estado ocupada esses dias. Hoje, você pode ir descansar mais cedo."

O Dr. Ramos apertou os lábios em concordância antes de se voltar para Antônio Martins: "Por favor, cuide dela, Presidente Martins".

Antônio Martins fez uma pausa, surpreso com a expressão no rosto de Lucas Ramos, e então assentiu: "Eu cuidarei".

Flávia Almeida e Francisca Ferreira entraram no carro de Antônio Martins.

Antônio Martins veio sozinho, sem assistente.

O aroma dentro do carro estava agradável como sempre, ajudando a acalmar um pouco a inquietação no coração de Flávia Almeida.

Enquanto o carro se movia, Antônio Martins permaneceu em silêncio.

Francisca Ferreira, que não o conhecia muito bem, fez algumas perguntas breves e depois se calou, olhando preocupada para Flávia Almeida: "Flávia, você está bem?"

De repente descobrir que seu pai não era seu verdadeiro pai e que ela era, na verdade, a filha ilegítima de uma aventura extraconjugal de sua mãe era algo difícil de aceitar para qualquer um.

Mas pensar que João Almeida, aquele desgraçado, não era o pai biológico de Flávia, de certa forma, deixava Francisca Ferreira satisfeita.

Alguém como ele não merecia ser pai!

No entanto, essa identidade de filha ilegítima colocou Flávia Almeida sob uma enorme pressão, uma situação realmente lamentável.

Flávia Almeida balançou a cabeça, forçando um sorriso: "Não tem problema, algo que eu sempre suspeitei acabou se tornando verdade, o que me parece bastante surreal".

Desde pequena, quando notava a preferência de João Almeida por Beatriz Almeida, ela costumava pensar que talvez não fosse filha de João Almeida, mas sim de Beatriz Almeida.

Na época, era apenas uma reclamação sobre o favoritismo de João Almeida, mas ela nunca imaginou que esse pensamento um dia se tornaria realidade.

Francisca Ferreira, exasperada, disse: "Será que a tia dela não fez a fertilização in vitro e o hospital acabou trocando o esperma?"

Flávia Almeida respondeu: "Eu não sou um bebê de FIV. Depois que minha mãe me deu à luz, João Almeida sempre quis ter outro filho. Naquela época, minha mãe teve seu primeiro contato com a tecnologia de fertilização in vitro, mas, por motivos de saúde, nunca foi bem-sucedida."

Antônio Martins, com os lábios apertados, perguntou: "E se a Sra. Fernanda também não for sua mãe biológica? Talvez fosse uma adoção reversa?"

Antônio Martins relaxou um pouco: "Se você não pode comprar, então não compre por enquanto. Vou pedir à empresa que encontre um lugar para você morar."

"Não precisa se preocupar, eu mesmo posso alugar."

"Não é incômodo. Durante o contrato, é nossa obrigação garantir a segurança da acomodação do artista. Não é que seja de graça, vamos descontar de seu salário. Os apartamentos da empresa são bons, não são compartilhados, o tamanho é adequado, você pode até morar com uma amiga, é bom ter companhia feminina."

Francisca Ferreira levantou a mão: "Desculpe interromper, mas onde fica o apartamento da empresa?"

Antônio Martins sorriu levemente: "Não fica muito longe de onde vocês moram agora, Jardins da Aurora."

Francisca Ferreira quase saltou de surpresa, apertando o braço de Flávia Almeida freneticamente, sinalizando para ela aceitar a oferta!

A hospedagem oferecida pela empresa, ainda mais em um condomínio de luxo, recusar seria loucura!

Flávia Almeida inicialmente pensou em recusar, mas considerando sua situação atual, sem condições de comprar um imóvel e a necessidade de alugar um lugar, a ajuda de Antônio Martins veio como um alívio bem-vindo. Por que agir com orgulho desnecessário? Bastaria dedicar-se ainda mais nas gravações e ajudar a empresa a recuperar o investimento.

Com isso em mente, ela aceitou a oferta.

Antônio Martins parecia muito feliz e disse, sorrindo: "Então vou mandar alguém da empresa para ajudá-la com a mudança".

"Não há necessidade de pressa, ainda temos muito a organizar. Além disso, preciso acertar o aluguel atual com o proprietário."

Antônio Martins não insistiu: "Quando estiver pronto, é só me avisar".

Ao contrário do que se esperava, Antônio Martins não levou Flávia Almeida para conhecer nenhum diretor, mas para um jantar.

Ele explicou que, dado o estado de Flávia Almeida naquele dia, não seria o momento ideal para encontrar um diretor. Melhor esperar até que ela estivesse em melhor forma.

Francisca Ferreira se sentiu emocionada com a humanidade do patrão, contrastando fortemente com Rui Lira, aquele desalmado, que só sabia exigir horas extras.

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