A Rebeldia da Esposa Desprezada romance Capítulo 305

Após descobrir a época do registro dessas duas propriedades, Flávia Almeida sentiu algo estranho.

As casas não foram transferidas para seu nome por Marcelo Lopes após o divórcio, mas sim muito antes, quando ainda estavam casados e sem discussões sobre separação.

Esse descobrimento a deixou com um sentimento indefinível.

Propriedades, diferentemente de bolsas de marca ou roupas bonitas que servem para enfeitar a aparência, são coisas que proporcionam uma sensação de segurança.

Ela costumava ver muitas postagens em fóruns sobre isso.

"Casada há cinco anos, com dois filhos, e meu marido se recusa a colocar meu nome na escritura da casa. Devo pedir o divórcio?"

"Meu noivo deu a entrada na casa e sugeriu que eu pagasse pela decoração. Depois do casamento, nós dois pagaríamos a hipoteca. Pedi a ele que acrescentasse meu nome à escritura, mas ele disse que as mulheres não deveriam ser tão materialistas. Devo me casar com ele?"

"Paguei a hipoteca por três anos apenas para descobrir que a casa estava no nome da minha sogra. O que devo fazer?"

E tantos outros posts do tipo, dos quais ela leu inúmeros.

Naquela época, ela até pensou em pedir para Marcelo Lopes adicionar seu nome à escritura da casa e chegou a pesquisar sobre a lei do casamento.

A lei dizia que, se a propriedade foi adquirida antes do casamento, pertence a quem a comprou, a menos que a outra parte decida presentear e adicionar o nome do cônjuge à escritura.

Ao perceber que não havia contribuído financeiramente, ela sentiu que seria descabido exigir isso e desistiu da ideia.

Ela nunca imaginou que, muito antes de qualquer problema, Marcelo Lopes já havia transferido duas propriedades para o nome dela.

Independentemente do que acontecesse entre eles, essas propriedades garantiriam que ela tivesse uma vida confortável.

Se Marcelo Lopes realmente se preocupava com o futuro dela, por que permitiu que Patrícia Batista a drogasse?

Por que escolher esse método em vez de discutir a questão dos filhos?

Ao mesmo tempo em que a machucava, ele estava planejando o futuro dela. Flávia Almeida achava Marcelo Lopes cada vez mais difícil de entender.

Pressionando a emoção que borbulhava em seu peito, Flávia falou com firmeza: "Quando você tiver um tempo, venha ao cartório transferir as propriedades do meu nome para o seu."

Ao ouvir isso, Marcelo Lopes imediatamente se irritou: "Tudo isso por causa disso?"

"Isso é muito importante para mim" - Flávia Almeida apertou os lábios: "Sem a transferência, não tenho nem o direito de comprar uma casa na Cidade Viana agora".

Marcelo Lopes franziu a testa: "Vocês já têm casas, por que comprar outra?"

A lógica é essa, mas se Francisca Ferreira dissesse isso a ela, ela escutaria, afinal, é sua amiga de infância. E Marcos Rocha, não é o amigo de longa data de Marcelo Lopes? Ele falaria a favor dela?

Flávia Almeida franziu os lábios e disse: "Não quero ficar devendo nada ao Marcelo Lopes. Você vai perguntar a ele quando ele estiver disponível?"

"Ah, eu realmente não posso garantir isso. Então, se você não tiver onde ficar, eu tenho um apartamento nos Jardins da Aurora, todo decorado. Você pode ficar lá, não vou cobrar aluguel. Quando o Marcelo estiver menos ocupado, vocês dois podem …"

Enquanto falava, ele passava um lenço de papel no microfone do telefone, fazendo sua voz começar a cortar: "Conversar — irmã — sinal — ruim — vou — desligar..."

Após terminar, desligou a chamada.

Marcelo Lopes?

Marcos Rocha devolveu o telefone para ele: "Não precisa se preocupar em ela te bloquear, ela vai acabar te procurando. E então, ainda está preocupado?"

Marcelo Lopes...

Embora soasse um pouco prejudicial, parecia fazer sentido.

Marcos Rocha recostou-se na cama: "Ao cortejar uma garota, você não deve revelar todos os seus sentimentos de uma só vez. As pessoas, sejam homens ou mulheres, não dão valor ao que recebem facilmente. Além disso, você não disse que a Flávia Almeida já não está muito constante?"

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