A Rebeldia da Esposa Desprezada romance Capítulo 278

Assim que Marcelo Lopes abriu a boca, Flávia Almeida percebeu que ele já estava bêbado.

Essa era a habilidade de enganar de Marcelo Lopes: quando embriagado, contanto que não dormisse, sentando ali sem falar, parecia uma pessoa sóbria.

Raimundo Martins, claramente, não se deu conta disso e expressou sua surpresa, "É mesmo?"

Flávia Almeida franzindo a testa e falando em voz baixa, disse, "Não dê ouvidos às bobagens dele."

Marcelo Lopes franziu a testa, "Foi você quem me falou."

Flávia Almeida:...

Ela apertou os lábios, decidindo não responder.

Quando Marcelo Lopes estava bêbado, não se devia dar corda para o que dizia, quem saberia o que sairia de sua boca em seguida? Melhor ignorar.

Vendo que ela não respondia, Marcelo Lopes também se calou.

Mas continuou a encher o prato dela com camarões não descascados, até que em pouco tempo, o prato de Flávia Almeida estava empilhado como uma pequena montanha.

Esses camarões, que ninguém mais havia comido, acabaram todos no prato dela por obra de Marcelo Lopes.

Flávia Almeida:...

Ela ergueu os olhos para a família Martins, que estava em silêncio, e sentiu como se Marcelo Lopes tivesse jogado fora toda a sua dignidade.

Finalmente foi Raimundo Martins que pigarreou e disse, "Marcelo é bastante atencioso com a esposa."

Marcelo Lopes falou baixo, "Sempre a faço zangar."

Raimundo Martins, com um sorriso, replicou, "Ah, desentendimentos entre casais são normais. Que casal jovem não discute? As brigas fortalecem o relacionamento. Ainda bem que você tem alguém para discutir, olhe para o Antônio, da sua idade e ainda solteirão."

Antônio Martins tremeu o canto do olho, porquê sempre o envolviam?

Marcelo Lopes concordou plenamente, "Ele não é só solteirão, ele ainda está de olho na esposa dos outros."

Antônio Martins quase cuspiu o vinho.

Raimundo Martins, surpreso, perguntou, "De olho em quê?"

"De olho na es— hmm —"

Marcelo Lopes não terminou a frase, pois Flávia Almeida cobriu a boca dele.

"Raimundo, Tia Mariana, por hoje é só, Marcelo bebeu demais, vou levar ele para casa."

Esse homem, quando bêbado, falava qualquer asneira! Se ela fosse um pouco mais lenta, Deus sabe o que mais poderia sair daquela boca.

Raimundo Martins disse lentamente, "Tudo bem... Quer que o Lucas leve vocês?"

"Não é necessário, ele está com o carro," Flávia Almeida puxou Marcelo Lopes, "vamos para casa."

Marcelo Lopes, surpreendentemente, seguiu ela obedientemente, apertando a mão dela e não se esquecendo de se despedir ao sair.

Raimundo Martins, observando os dois saírem, refletiu, "Num piscar de olhos, Marcelo já está casado há tantos anos." Em seguida, olhou para Antônio Martins, "Quando você vai trazer uma namorada para conhecermos?"

Antônio Martins...

Levantou-se e disse, "Vou ao banheiro."

E saiu rapidamente.

Raimundo Martins falou, "Toda vez que menciono namorada, ele me dá um olé!"

Larissa Barbosa falou, "Você foi tão permissivo quando ele era criança que agora, querendo controlar, já não tem jeito."

Raimundo Martins resmungou, "Se soubesse que ele seria tão teimoso, teria tido mais filhos."

Larissa Barbosa hesitou um momento, "Quando você era jovem, eu disse para termos mais filhos, mas você não quis."

Raimundo Martins parou por um segundo e sorriu, "Só estava falando, na verdade, o que mais temo nesta vida é mulher dando à luz."

Larissa Barbosa disse, "Agora não é como antes, as condições médicas melhoraram, dar à luz não é tão perigoso quanto você imagina."

Raimundo Martins, no entanto, não queria continuar o assunto e virou-se para Juliana Martins, dizendo, "Juliana, quando não tiver nada para fazer, se encontre mais com a Flávia, não queremos que pensem que a família Martins está sendo negligente."

Juliana Martins assentiu, "Entendi, papai."

Saindo do camarote, assim que entraram no elevador, Flávia Almeida tentou soltar a mão de Marcelo Lopes, mas ele a segurava firmemente e ela não conseguia se soltar.

O telefone tocou por um bom tempo até que Pedro atendeu.

"Assistente Ribeiro, o Presidente Lopes está bêbado, no Samba Sabor, venha levar ele, por favor."

"Senhora, estou com um problema urgente aqui e não posso sair, você poderia levar o Presidente Lopes, por favor?" A voz de Pedro estava ofegante, parecendo realmente ocupado.

Flávia Almeida apertou os lábios, "Assistente Ribeiro, já estamos divorciados, eu não tenho essa obrigação."

Pedro hesitou por um momento, e disse, "Senhorita Almeida, então por favor chame um táxi para o Presidente Lopes e peça que o motorista o leve até a Reserva do Sol, eu realmente não posso sair daqui agora."

Ele desligou o telefone.

Flávia Almeida franziu levemente os cantos da boca e perguntou, com um ar de ceticismo: "O salário do Pedro não é baixo, certo? É assim que ele trabalha normalmente?"

Lançando um olhar para a criança que se agarrava tenazmente ao lado e não soltava por nada, Flávia manteve uma expressão tensa enquanto chamava um táxi.

Quando o veículo chegou, Flávia Almeida abriu a porta rapidamente, tentando colocar Marcelo Lopes dentro, mas tanto ela quanto Marcelo resistiam à entrada.

Depois de muita luta e já suando, Flávia não conseguira colocar Marcelo Lopes no carro.

O motorista, que começava a ficar impaciente, franziu a testa e perguntou: "Vão entrar ou não?"

Flávia olhou para a figura que mais parecia um polvo diante de si e, entre dentes, determinou: "Vamos entrar!"

Em seguida, o táxi partiu levando-os em direção à Reserva do Sol.

Depois de descer do táxi, Flávia Almeida pagou a corrida e pediu ao motorista que esperasse um momento, enquanto ela subia com Marcelo.

Parecia não haver ninguém em casa, as luzes estavam apagadas.

Flávia digitou a senha e abriu a porta, instintivamente pedindo a Marcelo Lopes: "Troque os sapatos."

Enquanto falava, ela acionou o interruptor de luz.

Assim que a luz se acendeu, Flávia rapidamente a apagou.

O que era aquilo?

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