A Rebeldia da Esposa Desprezada romance Capítulo 266

No dia seguinte, cedo da manhã, Flávia Almeida já estava de pé.

Ela se arrumou com esmero, pois, mesmo após se divorciar de Marcelo Lopes, não poderia deixar que seu porte fosse menor.

Especialmente porque iria encontrar-se com Patrícia Batista.

Às nove e quarenta, ela chegou à Alameda das Mangueiras e esperou no carro do outro lado da rua.

Ao darem dez horas, um BMW branco estacionou em frente à cafeteria e, em seguida, o motorista desceu do veículo, contornou e abriu a porta traseira.

Patrícia Batista desceu do carro.

Ela estava, como sempre, impecavelmente arrumada, vestindo um casaco branco ao estilo vintage Chanel e uma saia de veludo preta. Os cabelos estavam enrolados com precisão, ela segurava numa bolsa Chanel de pele de crocodilo preta em sua mão direita e um anel de esmeralda do tamanho de um ovo de pomba em seu dedo indicador esquerdo. Com o queixo erguido, caminhou lentamente em direção à cafeteria.

Ao chegar e não ver Flávia Almeida, Patrícia Batista franziu a testa. O garçom a conduziu até a mesa e ela olhou desdenhosamente para a cadeira, murmurando algo em voz baixa.

O garçom prontamente limpou a cadeira com um pano.

Flávia Almeida observava tudo com uma expressão indiferente do outro lado da rua. Se não fosse pela necessidade de encontrar-se com ela, Patrícia Batista, uma pessoa acostumada aos privilégios, dificilmente apareceria naquela rua, em uma área muito comum, onde cada passo poderia sujar seus sapatos nobres.

Ela não tinha pressa de sair do carro.

Marcando o tempo e observando do outro lado, até Patrícia Batista começar a mostrar sinais de impaciência, Flávia Almeida finalmente saiu do carro lentamente.

Quando ela entrou na cafeteria, Patrícia Batista olhou com desdém e disse friamente, "Você está atrasada."

Flávia Almeida puxou uma cadeira e sentou-se, "Já é bom eu ter vindo, Sra. Batista, não vamos ser exigentes demais."

Patrícia Batista franziu a testa, "Essa é a maneira como você fala comigo?"

Flávia Almeida disse, "A família Lopes sempre se acha muito importante, quem você pensa que é? A esposa do presidente? Que atitude devo ter em relação a você?"

Patrícia Batista escureceu a expressão, "Você é mesmo uma pessoa sem educação!"

"Minha mãe faleceu, é normal que eu não tenha etiqueta, mas você está viva e nem por isso Aline Lopes é mais educada," Flávia Almeida lançou-lhe um olhar de soslaio, "Sua filha, criada por você mesma, não vale tanto quanto minha mãe falecida."

A insinuação foi clara: você viva é pior do que morta.

Patrícia Batista teve uma expressão de desagrado.

Flávia Almeida, que tinha se casado com a família Lopes há tantos anos, quando ousou falar assim com ela?

Ela não tinha passado três minutos dentro da cafeteria, e a cada palavra que Patrícia Batista falava, Flávia Almeida tinha dez mais para responder. Patrícia Batista estava furiosa.

Flávia Almeida tinha enlouquecido depois do divórcio? Ela falava sem considerar as consequências?

Lembrando o propósito de sua visita, Patrícia Batista conteve a raiva e disse com voz firme, "Não vim aqui hoje para discutir com você. São duas coisas: primeiro, vá ao hospital pedir desculpas a Aline; segundo, entregue o anel de jade que a Vovó Lopes lhe deu. Não tente levar nada da família Lopes depois do divórcio."

O olhar de Flávia Almeida escureceu.

O anel de jade era um pequeno presente dado por Vovó Lopes quando Flávia se casou com Marcelo Lopes e a serviu chá. Flávia, que tinha conhecimento sobre joias e pedras preciosas, sabia que, embora o anel fosse de jadeíte, a qualidade não era excecional. Contudo, era uma peça antiga, provavelmente frequentemente manuseada por Vovó Lopes.

Não era exatamente valioso, com certeza não mais do que a pulseira que ela havia dado para Patrícia Batista numa exposição de joias anteriormente.

De vez em quando, ela brincava com a joia em suas mãos, mas seus dedos eram finos e a peça ficava um tanto frouxa, temendo danificá-la, portanto, não a usava com frequência.

Se não fosse por Patrícia Batista mencioná-lo, ela quase teria esquecido completamente do objeto. Na última vez que brincou com ele no carro, acabou deixando no compartimento de armazenamento do veículo, sem tocá-lo por muito tempo.

Ao saber que ela e Marcelo Lopes se divorciaram, Patrícia Batista fez questão de procurá-la imediatamente para pedir a joia de volta, o que certamente era estranho.

"Quanto a chamar a polícia," Flávia Almeida ergueu o olhar, "Sra. Batista deveria se preocupar consigo mesma. Você acha que eu não sei das suas sujeiras?"

Patrícia Batista franzia a testa. "O que você está insinuando?"

Flávia Almeida retirou um frasco de remédio da bolsa e o colocou na mesa.

"Isso lhe parece familiar?"

Patrícia Batista manteve a compostura. "O que você quer dizer?"

Flávia Almeida tirou uma lista de componentes da bolsa e a colocou na mesa.

"Agora ficou mais familiar, não é?"

Patrícia Batista observava os nomes das ervas chinesas listados, seu olhar se aprofundando. "Eu não entendo o que você está dizendo."

Flávia Almeida esboçou um sorriso frio. "Carthamus, Spatholobus, Moschus, Ephedra, Sophora flavescens... essas ervas são familiares para você, não são?"

Patrícia Batista fixava o olhar nela sem dizer uma palavra.

"Você não queria que eu engravidasse, me deu remédio para eu não poder ter filhos, você realmente pensou que poderia enganar a todos?"

Do outro lado da linha, Marcelo Lopes mantinha os lábios apertados, com uma expressão sombria e severa.

Pedro estava ao lado em completo silencio.

Presidente Lopes tinha se arrumado em casa desde cedo, feliz da vida para ir ao encontro, mas mal chegou à cafeteria, o telefone da esposa tocou. Presidente Lopes atendeu o telefone surpreso e encantado, mas o que ouviu foi a voz da esposa e da senhora em conversa.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: A Rebeldia da Esposa Desprezada