A Rebeldia da Esposa Desprezada romance Capítulo 219

"Quem? Ninguém, era o camareiro do hotel, esqueci meu celular no quarto."

Francisca Ferreira explicou rapidamente, com uma voz que soava meio rouca.

Flávia Almeida olhou para ela com desconfiança. "Hotel? Você passou a noite no hotel?"

"Ah," ela limpou a garganta, "bebi demais ontem à noite, ficou tarde e acabei dormindo no hotel."

"Entendo, desde que você esteja bem. Ontem à noite, Marcelo Lopes se embriagou e aconteceu um incidente lá, eu acabei esquecendo de ligar para você, estava preocupada em como você voltou."

"Eu estou bem."

A voz de Francisca Ferreira soava estranha, como se ela estivesse se esforçando muito para falar.

Flávia Almeida estava prestes a perguntar mais, quando ouviu Francisca Ferreira dizer, "O táxi chegou, preciso desligar agora, falamos mais tarde."

"Tudo bem, então."

Depois de desligar o telefone, Francisca Ferreira olhou para baixo, para a pessoa que estava sobre o corpo dela, a quem ela pressionava a boca com força, e disse entre dentes, "Seu desgraçado! O que você fez comigo!"

Marcos Rocha estava sufocando com a mão dela cobrindo a boca e nariz, seus olhos quase revirando.

Ele lutou para retirar a mão dela da boca, respirou fundo e então olhou para a mulher à sua frente.

Ela parecia tão simples, mas o corpo dela era voluptuoso. Sentada sobre ele com apenas uma regata, ombros e peito cobertos de marcas vermelhas, seu rosto furioso era uma mistura de inocência e fúria.

Ele não reconhecia bem o rosto dela, e não conseguia lembrar quando a conheceu. Franziu a testa e perguntou, "O que eu fiz com você?"

"O que!"

Francisca Ferreira estava furiosa, pegou num travesseiro e começou a bater na cabeça dele, gritando, "Seu maldito, Sou alguém que você pode tocar??"

Marcos Rocha estava começando a se irritar, agarrou o travesseiro e disse entre dentes, "Entenda uma coisa! Este é o meu quarto, e eu ainda não perguntei como você veio dormir na minha cama!"

"Como eu sabia como cheguei aqui? Com certeza foi você que agiu por luxúria e me trouxe aqui!"

Marcos Rocha sentiu um tique no canto do olho, "Luxúria? O que você tem de tão atraente?"

Isso irritou ainda mais Francisca Ferreira, "Não tenho? Então por que você me mordeu assim? Seu cachorro faminto e indiscriminado!"

Marcos Rocha nunca havia sido insultado dessa forma antes.

Essa mulher... o que ela pensava que ele era?

"Estamos em uma sociedade de leis, e não acredito que não possa fazer justiça. Vou ligar agora mesmo e o denunciar por estupro!"

"Por favor, chame a polícia!" Marcos Rocha estava furioso, "Sua bandida! E nem se sabe quem tirou vantagem de quem aqui!"

Francisca Ferreira já estava de pé, e ao ouvir isso, imediatamente virou-se e deu-lhe um chute na cintura, "Vamos ver se você ainda fala grosso quando a polícia chegar!"

Marcos Rocha sentiu uma dor tão intensa que seu rosto ficou verde; ele segurou sua cintura, desejando poder jogar essa bandida pela janela!

Francisca Ferreira estava prestes a fazer a ligação quando bateram na porta do quarto.

Ela estava indo abrir quando ouviu a voz do Dr. Mendes do lado de fora, "Marcos, já acordou?"

Francisca Ferreira!!!

Marcos Rocha estava prestes a falar quando a bandida, que havia saído, voltou e pulou em cima dele, cobrindo a boca dele com uma expressão selvagem.

De novo!

Francisca Ferreira disse através dos dentes cerrados, "Posso tirar minha mão, mas se você ousar abrir essa porta e falar asneiras, arruinando minha reputação, eu farei de você um eunuco pelo resto da sua vida!"

Marcos Rocha...

A força da mulher era grande; Marcos Rocha, simplesmente não conseguia se soltar dela.

Não era que ele não pudesse usar a força bruta, mas, considerando as curtas pernas da mulher, ele temia que, com um pouco de esforço, pudesse a lançar para longe.

Então, ele apontou para a própria boca e balançou o dedo indicador, sinalizando que não podia falar, pedindo que ela o soltasse.

Depois de falar, olhou para Francisca Ferreira, "Vamos."

Foi só então que Francisca Ferreira, ainda desconfiada, o seguiu até a porta.

Marcos Rocha abriu a porta.

André Mendes estava do lado de fora, de cabeça baixa, enviando mensagens. Ao ver a marca vermelha no peito de Marcos, ele parou por um momento e depois sorriu, "Se divertiu ontem à noite?"

"Não muito," Marcos Rocha pegou no celular, "Fui arranhado por um gato a noite toda."

"Que gato é esse," André Mendes riu baixinho, "tão selvagem assim?"

Marcos Rocha olhou para ele, "O xerife gato preto."

Francisca Ferreira...

André Mendes segurou o riso com a mão na boca por um bom tempo, "O gato fugiu?"

"O gato," Marcos Rocha olhou para Francisca Ferreira escondida atrás da porta, vendo seu rosto cheio de medo e ansiedade, e sorriu maliciosamente, "o gato se escondeu."

André Mendes disse, "Ouvindo você falar assim, até fiquei curioso para conhecer."

"Conhecer..." Marcos Rocha estava prestes a dizer algo quando sentiu o peso em sua manga e virou a cabeça para ver a mulher bandoleira segurando na manga, olhando para ele com olhos vermelhos e prestes a chorar.

Olhando para aqueles olhos, Marcos Rocha de repente se lembrou.

Não era essa mulher bandoleira a mesma que se agarrou a André Mendes na noite anterior e não o soltou?

Depois de um breve raciocínio, ele percebeu que a mulher bandoleira não queria que André Mendes descobrisse sobre o que aconteceu entre eles.

Normalmente, com a natureza perversa de Marcos Rocha, quanto mais o dissessem para não fazer algo, mais ele queria fazer.

Nesse dia, porém, algo estava diferente. Observando a Francisca, seus olhos vermelhos de emoção apertando levemente a manga de sua roupa, ele de repente não conseguia se rebelar.

Marcos Rocha fez uma pausa, apertou os lábios e disse, "Melhor deixar para lá. Gatos são medrosos, e se eles se assustarem?"

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: A Rebeldia da Esposa Desprezada