A Rebeldia da Esposa Desprezada romance Capítulo 208

O cofre estava coberto com um pano cinza claro à prova d'água, e sobre ele havia pratos e talheres, que o diretor utilizava como se fosse uma mesa de jantar.

O velho diretor disse, "Foi um mês antes de sua mãe sofrer acindente que ela me entregou isso, dizendo que continha alguns documentos importantes da empresa, além de livros de contabilidade e outras coisas. Pediu-me para guardá-lo a todo custo, e pra eu não dizer pra ninguém, porque o conteúdo era de suma importância para ela. Ela pretendia vir buscá-lo quando tivesse tempo, mas acabou tendo o acidente antes de poder fazer isso."

Enquanto falava, ele suspirou novamente, "Depois do que aconteceu com sua mãe, eu pensei em entregar a você ou ao seu pai, mas toda vez que eu ligava para ele e mencionava sua mãe, ele ficava impaciente, e desligava a ligação rapidamente, então eu não insisti mais. Se você não tivesse perguntado hoje, eu teria até me esquecido deste objeto."

Não muito depois do acidente da sua mãe, João Almeida se concentrou em reorganizar a empresa, e até mesmo pensou em desistir do tratamento algumas vezes. Ele era impaciente, e isso não surpreendia Flávia Almeida nem um pouco.

Ela olhou para o cofre por um momento e perguntou, "Quando a minha mãe te entregou isso, ela disse mais alguma coisa?"

"Não, não disse nada específico. Parecia bastante apressada e não estava com uma boa aparência. Deve ser algo muito importante."

Parecia que não iria conseguir mais nenhuma informação do diretor.

"Posso levá-lo comigo?"

"Claro, afinal é um pertence da sua mãe. Vou chamar o Professor Duarte para ajudar a colocá-lo no seu carro."

Depois que Flávia Almeida partiu, ela foi ao banco e depositou quinhentos mil reais na conta da instituição de caridade.

Quando Marcelo Lopes chegou em casa do trabalho, encontrou Flávia Almeida sentada na sala de estar, com um cofre à sua frente. Ela segurava uma furadeira elétrica e tentava perfurar a fechadura.

Marcelo Lopes franziu a testa, "O que você está fazendo?"

Flávia Almeida levou um susto, desligou a furadeira e disse com uma expressão carrancuda, "Estou tentando abrir o cofre."

Marcelo Lopes jogou seu terno no sofá e pegou um copo de água da mesa antes de dizer, "Esse tipo de cofre possui dois fechamentos. Se o primeiro for danificado, o segundo será automaticamente ativado, e para abrir o segundo, é preciso destrancar o primeiro."

O subtexto era que se o primeiro fechamento fosse danificado, o cofre jamais poderia ser aberto.

Flávia Almeida franziu a testa, "E uma serra elétrica?"

Marcelo Lopes olhou ela, "Onde você roubou esse cofre?"

Flávia Almeida retorceu os lábios, "É meu cofre, tá bom?"

"E você não sabe a senha?"

Flávia Almeida apertou os lábios. Ela já tinha tentado as datas de nascimento de Fernanda Nunes, João Almeida, a sua própria, e também o aniversário de casamento deles, mas nenhuma senha estava correta.

Ela suspeitava que a combinação do cofre fosse os números encontrados nas fitas de gravação de Fernanda Nunes, mas com seis dígitos resultando em 720 combinações possíveis, e cada cinco tentativas erradas bloquearia o acesso por 24 horas, ela poderia levar meio ano se tivesse azar e a combinação correta fosse a última a ser testada.

Ela não podia esperar tanto.

"Não tenho o direito de esquecer?"

"Então chame um chaveiro."

"Já chamei, e eles disseram que é difícil, que não podem abrir."

Marcelo Lopes olhou para ela, "Eles não dizem que é difícil para cobrar mais?"

Flávia Almeida: ...

Até que fazia sentido, ela decidiu ligar novamente para a empresa de chaveiros amanhã.

Depois de se lavar, quando Flávia Almeida voltou para o quarto, Marcelo Lopes já estava deitado.

Ela secou o cabelo e sentou-se na frente do espelho para aplicar uma máscara facial.

Embora Flávia Almeida não gostava de maquiagem, ela adorava cuidar da pele.

Ela não tinha outras experiências para comparar com Marcelo Lopes, então não sabia se ele era realmente habilidoso ou não, mas a expressão de Marcelo Lopes quando estava apaixonado sempre fazia ela palpitar, não importa quando.

Seus lábios deslizavam pelo queixo dela, descendo até seu delicado pescoço.

Flávia Almeida, ofegante, agarrou os cabelos de Marcelo Lopes, "Não morda o pescoço." Marcas eram facilmente deixadas em sua pele, e se ele mordesse, depois teriam que cobrir isso nas filmagens.

O olhar de Marcelo Lopes se aprofundou, e ele pressionou seus pulsos com mais força.

Ela pensou que tudo terminaria rapidamente, como sempre acontecia.

Marcelo Lopes não era um homem obcecado por luxúria; mesmo no princípio que eles casaram, eles ficavam juntos talvez três ou quatro vezes por mês, e além da primeira vez, geralmente era uma questão simples e depois ele corria para o banheiro para se limpar.

Nos últimos seis meses, ele estava ainda mais moderado, a ponto de ficarem três meses sem relações.

Mas hoje, ele parecia mais ativo, mantendo ela ocupada até uma da madrugada.

Flávia Almeida ficou exausta, deitada na cama sem querer mexer nem os dedos.

Marcelo Lopes, por outro lado, agia como se nada tivesse acontecido, até tomou um banho, mas por menos tempo do que o habitual, como se apenas tivesse ido se refrescar rapidamente e voltou.

Depois de deitar, ele até quis que Flávia Almeida também se levantasse para tomar banho.

Flávia Almeida mal tinha forças para chutar ele, apenas deitada lá, fraca, disse, "Não vou tomar banho, se estiver fedendo, você que saia."

Maldito, depois de usar tanta força, ela estava até com uma dorzinha no baixo-ventre, que banho que nada.

Marcelo Lopes parecia estar de bom humor.

Ele se deitou ao lado dela e disse baixinho, "Na próxima semana tenho uma viagem de negócios para Cidade A, provavelmente por uma semana. Queres que eu traga algo pra você?"

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