A Promessa da Alfa Feminina romance Capítulo 320

Ponto de vista de Belle:

Eu simplesmente não conseguia entender. Como aquela feiosa da Hayley poderia ter atraído a atenção do Alfa Benjamin? Era inconcebível.

A menos que… não. Não podia ser.

A ideia de que ela pudesse ser a companheira destinada de Benjamin me fez rir por dentro. A Deusa da Lua nunca seria tão cruel a ponto de unir um Alfa tão poderoso com uma Ômega insignificante.

Minha prima estava certa. Hayley era uma vadia oportunista, sempre rodeando os homens, se fazendo de boazinha, tentando ganhar a atenção deles.

"Algumas pessoas são simplesmente feias, por dentro e por fora," murmurei assim que entrei na sala de aula, alto o suficiente para que Hayley me ouvisse.

"Belle, de quem você está falando? Alguém te incomodou?" perguntou uma colega, curiosa.

Levantei o queixo, sem citar nomes, mas deixando claro quem era o alvo da minha provocação. "Ora, quem mais poderia ser? Todos sabemos quem tem a aparência mais desagradável, a posição mais baixa e a incrível habilidade de seduzir homens, não é?"

Os alunos trocaram olhares, e quase ao mesmo tempo, alguns desviaram os olhos para Hayley.

Observei sua expressão se contrair levemente, mas, como sempre, ela não disse nada. Só ficou ali, firme, ignorando meus comentários.

Ela era mesmo uma covarde.

"Belle, você não está falando da nossa gênio Hayley, está?" um garoto sussurrou, hesitante.

Dei um sorriso enigmático. "Estou apenas comentando. Quanto a quem estou me referindo, tenho certeza de que ela sabe muito bem."

A conversa logo se dissipou. Alguns voltaram a estudar, outros continuaram suas conversas banais.

Eu, no entanto, não conseguia tirar os olhos de Hayley.

Como alguém como ela conseguia se manter tão indiferente? Como ela podia continuar agindo como se não me ouvisse?

Isso só me dava mais vontade de destruí-la.

Ponto de vista de Hayley:

Mantive meu olhar fixo no meu material de estudo, ignorando Belle completamente.

Não era a primeira vez que alguém tentava me provocar. Eu já havia aprendido que gastar minha energia revidando contra gente insignificante era perda de tempo.

Além disso, minha prioridade no momento era meu braço.

A dor era suportável, mas algo estava errado. A ferida, que já deveria estar fechada, começava a formigar e latejar novamente.

Senti algo quente e úmido se espalhar pela manga da minha roupa.

Sangue.

Minha cura não estava funcionando como deveria.

Isso era preocupante.

Levantei discretamente e saí da sala em direção à enfermaria. Peguei um rolo de bandagens novas e segui direto para o banheiro.

Tranquei-me em uma cabine e removi as bandagens velhas, vendo o sangue fresco escorrendo pelo meu braço.

O que estava acontecendo comigo?

Mordi o lábio, limpando a área antes de reaplicar o curativo.

Era complicado fazer isso sozinha, e o resultado ficou um tanto desajeitado, mas seria o suficiente para passar o dia sem levantar suspeitas.

Respirei fundo, tentando me recompor.

Então, destranquei a porta e saí.

Assim que deixei a cabine, ouvi outra porta se abrir atrás de mim.

Não dei muita atenção, mas ao sair do banheiro, uma sensação estranha me atingiu.

Se fosse apenas um teste básico, eu deveria conseguir administrar sem forçar meu braço.

"Está bem. Vou trocar de roupa."

Fui até o vestiário e peguei meu uniforme esportivo. O lado positivo era que, como todos estavam de manga comprida por causa do clima, ninguém notaria minha bandagem.

Assim que a aula começou, o professor anunciou o teste: correr três voltas ao redor da pista.

Algo fácil.

Ou deveria ser.

Minhas habilidades físicas sempre foram excepcionais, e eu poderia correr não apenas três, mas trinta voltas sem dificuldades.

Mas, assim que comecei a correr, percebi que algo estava errado.

Meu corpo estava mais pesado. Minha respiração, irregular.

Cada passada parecia me drenar de energia.

Na última volta, minha visão começou a embaçar.

Cerrei os dentes, determinada a terminar o percurso.

Mas, assim que parei após cruzar a linha final, minha cabeça girou.

Meu corpo ficou mole.

E então, tudo escureceu.

"Chefe!"

A voz desesperada de Henry foi a última coisa que ouvi antes de perder a consciência.

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