A Promessa da Alfa Feminina romance Capítulo 273

Ponto de vista de Hayley:

— Não se preocupe, ele não se importa — disse a mulher loira à sua frente.

— Só sinto pena daquele cara. Um homem como ele merece alguém melhor. É um desperdício.

— Além disso, o visual dele é exatamente o meu tipo. Eu adoraria tê-lo para mim.

Enquanto falava, ela pegou um copo de vinho e caminhou ansiosamente até Benjamin, completamente me ignorando. Seu sorriso era confiante, como se já soubesse a resposta.

— Com licença, senhor, posso lhe oferecer uma bebida? — Sua voz soava sedutora.

Observei a cena calmamente, esperando para ver a reação de Benjamin.

Mas, sem hesitação, ele rejeitou friamente sua oferta:

— Desculpe, minha noiva não aprovaria.

A mulher congelou, completamente chocada. Seus olhos brilharam com incredulidade.

— O quê? Ela é sua noiva?

Seu olhar se voltou para mim, cheio de desprezo. Ela me avaliou de cima a baixo como se não pudesse acreditar no que estava ouvindo. Em seguida, se afastou com um bufar de desdém.

Ela não era nada além de uma humana, então não valia a pena se aborrecer com isso. Mas, dentro de mim, Hera rosnava, insatisfeita com o desrespeito.

"Calma, Hera. Isso não importa."

Por mais que as palavras dela não devessem me afetar, uma parte de mim se sentia insegura. Eu não costumava me importar com minha aparência, mas agora… não conseguia ignorar completamente.

Eu me virei para Benjamin, minha voz mais baixa do que o normal.

— Ben, você se importa com a minha aparência?

Ele ergueu os olhos, sua expressão imperturbável.

— A aparência importa? — Sua voz era firme. — Para mim, quando escolho um parceiro, coisas como origem, aparência ou educação não importam. Eu não me importo com essas coisas.

Eu ri sem humor.

— Mas você é um alfa, e estar com alguém como eu... as pessoas vão falar. Assim como aquelas pessoas de antes.

Benjamin suspirou levemente e estendeu a mão, bagunçando suavemente meu cabelo.

— Por que se importar com o que os outros pensam? Vivemos para nós mesmos, não para a aprovação dos outros.

Suas palavras fizeram meu coração bater mais forte. Eu nunca imaginei que alguém como ele, mesmo sabendo da minha aparência disfarçada, diria algo assim.

— Obrigada, Benjamin — eu disse sinceramente.

Ele não sabia o quanto aquelas palavras significavam para mim. Como alfa da Matilha das Sombras, eu sempre estive no controle, sempre acima das críticas. Mas agora, usando esse disfarce, sentia na pele o preconceito que outros lobos poderiam enfrentar diariamente.

Benjamin voltou a atenção para a comida.

— Vamos comer antes que esfrie.

Eu baixei os olhos para o prato, mas minha mente estava longe dali.

Devo contar tudo para Benjamin agora?

Ele não tolerava mentiras.

Mas… minha vida inteira com ele tinha sido construída sobre uma mentira.

Minha respiração ficou instável. De repente, comecei a tossir violentamente.

Benjamin franziu a testa, pegou um copo de água e o colocou na minha frente.

— Você está bem?

Balancei a cabeça, respirando fundo para me acalmar.

Olhei para ele, reunindo toda a minha coragem.

— Benjamin, na verdade...

Mas antes que eu pudesse terminar, um garçom interrompeu ao se aproximar de nossa mesa.

— Com licença, senhores, gostariam de mais alguma coisa?

A oportunidade se foi.

Suspirei, forçando um sorriso.

— Não, obrigada. Estamos bem.

Benjamin me observou atentamente, como se pudesse sentir que eu estava escondendo algo.

Mas, por enquanto, minha verdade ainda teria que esperar.

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