Ponto de Vista de Hayley
Dentro da caixa, encontrei várias chaves de carro e alguns outros itens que pertenciam ao meu passado. Peguei uma das chaves, coloquei um boné preto já desgastado e então olhei para o meu reflexo no espelho.
Por um momento, foi como se estivesse olhando para minha antiga versão, a verdadeira eu.
"Vou levar essas", disse, segurando a caixa enquanto saía do quarto.
Nueve apenas sorriu e deu de ombros. "Eu só estava guardando isso para você temporariamente – sempre foram suas. Só estava esperando o momento certo para devolvê-las."
Olhei para ele e agradeci sinceramente: "Obrigada, Nueve."
Ele riu suavemente. "Somos amigos, não há necessidade de agradecimentos."
Saímos juntos do apartamento, e eu tranquei a porta atrás de nós antes de seguirmos até o elevador.
"Você se lembra da última vez que saí daqui?" perguntei, minha voz soando mais suave do que o normal. "Na época, pensei que nunca mais voltaria. Agora, dois anos depois, aqui estou eu de novo. É difícil não sentir um pouco de nostalgia."
Nueve me observou por um momento antes de responder. "Honestamente? Sempre soube que você voltaria. Só não sabia quando."
Fiz um som de concordância e ele sorriu.
"Fico feliz que tenha esperado," acrescentei.
Ele assentiu. "Boa sorte amanhã na corrida. Estarei lá torcendo por você. Estou ansioso para ver como você se sai."
Revirei os olhos e resmunguei: "Amanhã é só a fase de grupos. Mas darei o meu melhor."
Depois de sair do elevador, fui direto para a garagem, onde um dos meus carros favoritos estava estacionado.
Para minha surpresa, mesmo depois de tanto tempo, os veículos estavam impecáveis. Nueve provavelmente mandava alguém limpá-los regularmente.
Deslizei para o banco do motorista, sentindo um arrepio familiar percorrer meu corpo. Era como se eu nunca tivesse parado de correr.
Liguei o motor, e o ronco poderoso do carro fez meu coração acelerar. Pressionei o acelerador, e o carro disparou pela estrada, atraindo olhares de curiosidade.
Mas eu não me importava.
Atrás do volante, eu não era Hayley, a Alfa da Matilha das Sombras, nem a Ômega disfarçada. Naquele momento, eu era apenas Sara – a corredora lendária.
Segui direto para o hotel e estacionei discretamente. Tirei meu boné, ajeitei o cabelo e saí do carro.
Quando saí, meu cabelo ainda estava úmido, e algumas gotas de água escorriam pela minha pele. Peguei uma toalha e o sequei rapidamente antes de caminhar até a grande janela de vidro do meu quarto.
Lá fora, a cidade estava viva, suas luzes brilhantes refletindo o caos noturno. Era fácil se perder naquele cenário vibrante.
Ding-dong!
A campainha tocou de repente.
Franzi a testa. Quem poderia ser a essa hora?
Caminhei até a porta e perguntei: "Quem é?"
"Sou eu!"
Duas palavras ditas em uma voz familiar.
Congelei por um momento, incapaz de acreditar no que estava ouvindo.
Com o coração acelerado, girei lentamente a maçaneta e abri a porta.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A Promessa da Alfa Feminina
Porque os capítulos do 220 em diante estão bloqueados?...
Olha o livro é bom, mas está se tornando chato, ela não fala verdade pra ele, que amor é esse? Esconde as coisas mais importantes da vida dela, acho que se o Benjamim largar dela, merece, porque amor de verdade, é baseado em confiança e sem segredos. Ele é alfa tbm, sabe se defender, então acho que nessa parte a autora está muito errada, pelo menos pra ele o noivo, ela devia ser honesta, se não melhor ela viver sozinha, porque isso que ela sente não é amor, porque ela não confia nele. Por isso o livro está se tornando chato demais, muitas mentiras em um relacionamento...
Cadê o restante dos capítulos??...