Ponto de vista de Hayley:
Larguei a caneta sobre a mesa, surpresa com a notícia de que alguém estava me procurando.
Curiosa, levantei-me e segui para o corredor.
No instante em que saí, Hera começou a se agitar dentro de mim.
Minha expressão se fechou ao notar Irving parado no final do corredor.
Meu humor azedou instantaneamente.
Se eu já planejava confrontá-lo, agora ele havia facilitado as coisas vindo até mim por conta própria.
Caminhei até ele, sem pressa.
— Você está me procurando? — perguntei, minha voz fria como gelo.
Irving encontrou meu olhar, impassível.
— Vamos conversar.
Então, se virou e começou a andar.
Hesitei por um instante, mas acabei seguindo-o.
Acabamos em um caminho tranquilo e arborizado no campus.
Foi só então que ele parou.
Cruzei os braços.
— Se tem algo a dizer, melhor ser rápido.
Meu tom era direto e sem paciência.
Irving me observou por um momento, antes de finalmente responder:
— Você não costumava falar comigo assim, Hayley.
Ele suspirou, fingindo decepção.
— Por que estamos agindo como estranhos agora?
Uma risada amarga escapou dos meus lábios.
— Você se ouve, Irving?
Inclinei a cabeça levemente.
— Minha atitude em relação a você sempre foi um reflexo da sua.
Seu olhar se intensificou.
Aproveitei para continuar:
— E então aprendi que nem tudo é como parece.
Incluindo você.
Hera rosnou dentro de mim, mas eu permaneci impassível.
— Você age como se nada o afetasse, mas tudo não passa de uma fachada.
Dei um passo à frente, sorrindo friamente.
— O problema, Irving, é que algumas coisas simplesmente não vão ser do jeito que você quer.
Os lábios dele se curvaram em um sorriso torto.
— Hayley, você não pode me culpar por ir atrás do que eu quero.
Seu tom era perigosamente calmo.
— Se eles não dão de bom grado, por que eu não deveria lutar por isso?
Soltei um riso sem humor.
— Lute o quanto quiser.
Inclinei a cabeça levemente.
— Mas não ouse me usar no processo.
Sua expressão permaneceu inalterada.
Respirei fundo e fui direto ao ponto:
— Tudo o que você fez até agora… foi um ato, não foi?
Seus olhos brilharam levemente.
Mas eu continuei:
— Você estava apenas me usando para alcançar um objetivo seu.
Balancei a cabeça, sorrindo com desprezo.
— Você quer a Alpha da Matilha das Sombras, não a Hayley Carson.
Por fim, ele silenciou.
E foi aí que tive certeza.
Ele não tinha argumentos.
A verdade havia sido jogada em sua cara, e tudo o que ele podia fazer era tentar esconder sua frustração.
Mas eu não ia perder mais tempo com ele.
— Não sei por que veio até aqui hoje.
Minha voz ficou mais fria.
— Mas seja lá qual for o seu objetivo, não tem nada a ver comigo.
Ergui o queixo.
— Se você sequer pensar em me usar de novo, farei questão de que você perca tudo.
Cada. Maldita. Coisa.
Hera rosnou dentro de mim, sedenta para atacá-lo.
Mas eu me segurei.
Irving permaneceu em silêncio.
Seus olhos fixos nos meus.
Mas era tarde demais.
Cruzei os braços e declarei, sem hesitação:
— Acabou, Irving.
Dei um passo para trás.
— Se cuide.
E então, me virei para ir embora.
Mas no instante em que comecei a me afastar, sua voz me chamou.
— Espere.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A Promessa da Alfa Feminina
Porque os capítulos do 220 em diante estão bloqueados?...
Olha o livro é bom, mas está se tornando chato, ela não fala verdade pra ele, que amor é esse? Esconde as coisas mais importantes da vida dela, acho que se o Benjamim largar dela, merece, porque amor de verdade, é baseado em confiança e sem segredos. Ele é alfa tbm, sabe se defender, então acho que nessa parte a autora está muito errada, pelo menos pra ele o noivo, ela devia ser honesta, se não melhor ela viver sozinha, porque isso que ela sente não é amor, porque ela não confia nele. Por isso o livro está se tornando chato demais, muitas mentiras em um relacionamento...
Cadê o restante dos capítulos??...