À mercê da realeza romance Capítulo 34

Ele chamou-me para uma sala mais particular afim de conversarmos tranquilamente.

_Que saudade, Henrico!_Abracei-o mais um vez.

_Lyam sabe que você está aqui, Kalenna?_Ele pergunta ainda me abraçando.

Solto-me do seu abraço e o encaro estranhando sua pergunta.

_Não me diga que virou cão de guarda do príncipe?_Falo irônica.

_Não é nada disso, Kalenna._Ele bufa._Mas não quero problema pro seu lado e nem pro meu.

_Saí de fininho, mas fique tranquilo que ninguém perceberá minha ausência._Dou um sorriso pra ele.

Ficamos conversando por um longo tempo e em certo momento lembrei-me do meu pai. Será que devo contar?

_Henrico... Você visita o túmulo do papai?_Pergunto meio nervosa.

Ele desvia o olhar e fica admirando um ponto qualquer na sala. Procuro alguma dor no seu olhar por falar do assunto, mas o que eu encontro é um olhar distante, confuso.

_Henrico?_Toco em seu ombro._Você está estranho...

_Kalenna... Não vamos falar disso, está certo?_Ele falava ainda sem me encarar.

Decidi não falar mais nada. Irei ter o papai de volta e quando ele estiver perto de mim, irei falar com o Henrico e com a Ravenna também.

Abraço o Henrico despedindo-me e prometo voltar pra vê-lo.

Já é por volta das 13:15pm e assim sigo para a torre.

Estou na pontinha dos pés olhando pros lados quando sinto alguém puxando meu braço repentinamente.

_Quem é você?_Falo encarando o homem estranho que me segurava._Me solte!

_Por ordens do Kevin é melhor você manter-se longe do príncipe Lyam._Ele empurra-me fazendo que eu tombasse, mas sem cair._Se quiser ver seu pai novamente, fique afastada de Lyam. Não atrapalhe os planos do Kevin.

E sem que eu ao menos respondesse, o tal homem some rapidamente me deixando intrigada com essa ordem do Kevin. Por que será que ele me quer longe do Lyam?

Entro rapidamente e sinto uma tontura incômoda.

Apóio no corrimão da escada e levo a mão à testa.

_Kalenna?_Sinto as mãos de Ralf segurando-me._Você não está bem. Quer que eu a leve pro quarto?

Apenas confirmei com um aceno de cabeça e ele me colocou nos braços. Chegamos no meu quarto e ele me põe na cama.

_O que aconteceu, ruivinha?_Ele passa a mão na minha testa.

_Fome._Falei espontanemente, mas arrependendo-me depois.

Ele sorri e sai do quarto. Minutos depois volta com uma bandeja lotada de comidas. Frutas, massas, suco...

Agradeci apenas mentalmente e ataquei a bandeja. Ouvi apenas o som do seu sorriso e a porta se fechando. Enfim sozinha para comer em paz.

Após terminar minha pequena refeição, desci para levar a bandeja à cozinha. O mínimo que eu poderia fazer.

Acabei encontrando com Biatrice no caminho.

_Fugindo de alguém, fofinha?_Diz ela com toda ironia possível.

_Impressão sua. Apenas quis comer no meu quarto._Digo tranquilamente._Com licença.

_Por que tanta formalidade se você é tão "dama" quanto eu?_Ela faz aspas com os dedos.

_Acho que você não lembra mais o peso da minha mão no seu rosto._Empurro-a para conseguir passar.

_Você sabe que temos uma nova inimiga?_Ela segura no meu braço me impedindo passar._Eu vi uma mulher saindo do quarto de Lyam.

_Nada, Alteza._Digo mantendo meu tom de voz firme.

_Fiquei sabendo que passou mal hoje mais cedo._Dessa vez ele me vira e fixa os olhos nos meus._O que aconteceu?

_Apenas fome, Alteza. Nada demais._Digo abaixando o rosto.

_Kalenna..._Ele bufa._Por que tanta indiferença? O que eu fiz com você?

Apenas fico fitando o chão procurando palavras para respondê-lo.

_Kalenna?_Ele me chama outra vez._Você está bem?

_Estou, Alteza. Mas se o senhor puder ir direto ao assunto eu serei grata._Digo afastando-me um pouco.

Ele pede para que eu sente e assim eu faço. Sinto algo incomodando no lugar onde sentei e levanto para ver do que se tratava revelando ser uma bolsa, bolsa feminina.

_A Ana esqueceu a bolsa dela._Falei colocando a bolsa em cima da cama com desdém._Depois você devolve.

_Então quer dizer que esse seu jeitinho é porque sabe que a Ana veio no meu quarto?_Ele fala com um sorriso de deboche no rosto._Como eu não desconfiei disso...

Fiz uma cara muito emburrada e ele fica sorrindo de mim.

_Ciúmes de mim, Kalenna?_Ele chega perto de mim._Se temos ciúmes de alguém é porque sentimos algo por esse...

_Não! Não é ciúmes!_Berro indo em direção a porta, mas ele me segura. _Me solta, Lyam!

_Agora sim é a minha Kalenna._Ele sorri.

( )

Esses dois vivem que nem gato e rato?

Kalenna com ciúmes? Kk hmm...