- Agora, tenho qualificação para te perguntar algo? - Com uma risada fria da mulher, o homem de óculos escuros só sentiu a ponta da adaga contra sua artéria carótida ir um pouco mais profundamente.
A dor de sua pele sendo perfurada bem como o medo de que seu pescoço pudesse ser cortado no segundo seguinte suavizaram sua atitude:
- Não, não faça isso! Vamos conversar, pode ser?
- Bem, então diga corretamente, quem mandou vocês me sequestrarem? - inclinando sua cabeça, Luana perguntou.
Ela havia sentido que algo estava estranho quando estava no carro, mesmo que Lisa realmente tivesse algo acontecendo, ela teria ligado e lhe dito com antecedência, mas o fato do seu celular estar fora de serviço ou até mesmo desligado era um grande problema. Já que havia acontecido algo tão grave a ela, não faria sentido chamá-la ao invés de seu pai, Veer.
Então a verdade era que não foi Lisa que estava em apuros, mas foi ela que era o alvo.
Se esse fosse o caso, ela simplesmente iria junto com eles, para ver o que eles estavam fazendo e descobrir quem estava por trás disso.
- Não podemos revelar informações sobre nosso patronato. - Congelado, disse o homem dos óculos escuros em voz fria.
- Uau, muito profissional hein? - Com um sorriso zombeteiro, Luana esbofeteou seu rosto com sua adaga, - parece que você também não se importa com sua própria vidinha....
O homem de óculos escuros embrulhou os lábios e não guinchou.
De suas linhas tensas e das veias em seus templos, podia-se ver que ele tinha medo da morte, mas se ele revelasse as informações de seu patronato, ele não seria capaz de se dar bem na sociedade. E se ele não pudesse se dar bem na sociedade, seria basicamente o mesmo que cortar seu sustento financeiro e futuro.
Essas pessoas sabiam o que estava em jogo, portanto, a regra mais básica era que nunca revelariam informações sobre seus patronatoes.
- Você não tem medo de morrer, - A adaga gentilmente cortou em seu pescoço, mas a força que ela usou foi pouca, apenas cortando a epiderme e a derme, mas não ferindo a carne e o sangue dentro dele, mas isso foi o que aconteceu de mais doloroso.
A expressão do homem de óculos escuros se mudou, mas ele permaneceu em silêncio, aparentemente determinado a não dizer nada.
Luana ainda queria continuar, mas de repente ouviu um pequeno movimento, então ela olhou na direção da porta, depois sussurrou rapidamente:
- Tudo bem, você não vai dizer nada! Naturalmente alguém mais o dirá!
Antes que o homem dos óculos pudesse entender o que ela queria dizer com isso, ela já havia levantado a mão e atingiu na nuca do homem de óculos, fazendo com que ele desmaiou.
Ela rapidamente o amarrou com a corda de antes e tentou o afastar, mas foi tarde demais e o homem era tão pesado que ela torceu a cabeça para olhar para ele e casualmente puxou a colcha da cama para cobri-lo.
Quase simultaneamente, houve uma batida na porta do lado de fora.
- Remi, já chega. - Do lado de fora estava a voz do motorista.
“Remi não deve ter feito nada de bom por dentro. Embora o patronato não tenha dado muitas explicações, ele não pode brincar com esta mulher demais, caso ela fique aleijada, a gente não pode entregar ao patronato, o que não vale a pena alguma”, pensou o motorista.
Piscando no chão descalçada, Luana rapidamente caminhou até à porta e ficou por trás dela com a adaga na mão, fixando firmemente o olhar na porta.
- Quentin disse que você não podia deixar a menina alijada. Remi ..., - batendo na porta sem responder, o motorista cheio de suspeitas, estendeu a mão para empurrar a porta.
A porta não estava trancada, então ele do lado de fora girou o puxador da porta para abrir; o quarto não tinha muita luz, mas o candeeiro de cabeceira estava aceso, o motorista deu uma olhada para ver a cama embaixo da colcha inchando um grande, instantaneamente feliz:
- Eita, você já gozou?! Mas tem um pouco mais de calma aí! Não machuca a menina.
A porta tinha sido deixada pouco aberta, e quando ele a chutou assim, a porta se abriu.
Não havia movimento no interior, nem mesmo o som de uma luta, apenas a luz fraca se espalhando lá dentro bem como uma figura em pé de costas para ele.
O barbudo estreitou os olhos, - Abel?
De repente ele se virou para encarar a porta, na verdade sem sequer olhar claramente, e disparou imediatamente por instinto.
Mas quase tão logo a arma disparou, havia uma dor aguda em seu pulso e ele não conseguiu segurá-la, então a arma caiu de sua mão. Ele levantou o pé e chutou de volta ao adversário, mas aquela pessoa girou habilmente e ficou atrás dele, depois, sem hesitar, deu-lhe um pontapé no canto da perna com um golpe preciso, um clique e uma dor que o fez pensar se a sua rótula se tinha partido.
Mesmo se ele tentasse se segurar, não aguentava mais, e o homem deslizava em direção ao chão, caindo de joelhos.
Ele tentou se virar para ver quem era quando um formigamento lhe passou pelas costas e não conseguiu se mover, mesmo a tempo de virar a cabeça e ver claramente quem o tinha atacado!
"É ela?!”
Os olhos do homem barbudo estavam largos de descrença, ele não podia aceitar que tivesse sido derrotado por uma garota de aparência tão fraca. Os seus olhos estavam rolando rapidamente como se tentassem encontrar sinais da presença dos outros no quarto.
“Tem que haver, tem que haver ajuda! É absolutamente impossível com só ela!”
- Não procura, não há ninguém lá. - Como se ela soubesse o que ele estava pensando, Luana ficou na sua frente e olhou para ele, - mesmo que você grite tanto, ninguém virá para salvar vocês.
Todos os três homens entraram em pânico.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A Maçã nos Olhos de Luís