A Maçã nos Olhos de Luís romance Capítulo 165

Luana se agachou para verificar, apenas para ver que o rosto e o pescoço de criança estavam cobertos de suor. Quando ela estendeu a mão para o tocar, suas costas também estavam encharcadas de suor, enquanto seus braços e pernas ainda estavam tremendo, e não apenas isso, havia também pontos vermelhos estrelados aparecendo em seu rosto.

- Acho que é alergia - ela disse, movendo-se para desabotoar o colarinho de criança.

- O que você está fazendo! Quem é você? Não toque no meu filho! - A mulher do lado uivou em francês enquanto puxava o braço de Luana com força, recusando-a tocar em seu filho.

- Ele está sofrendo de alergias, se não for tratado com pressa, pode estar em risco de sua vida! - Luana não se incomodou em ficar zangada com ela e virou a cabeça para Lisa e acenou.

Ao ouvir suas palavras, Lisa finalmente reagiu e se inclinou para deter a mulher:

- Hélène, ela é minha amiga, ela está salvando Aaron, precisa se acalmar!

As palavras de Lisa ainda tinham algum efeito. Embora Hélène ainda gritasse em voz alta, tinha parado de tentar detê-la.

Luana desabotoou rapidamente o colarinho e desdobrou o vestido. Havia uma camada de erupções vermelhas em todo o peito exposto, ela tinha certeza de que ele estava sofrendo alergia.

Olhando para a mulher, ela perguntou:

- O que ele comeu?

Seu tom foi sério e seus olhos estavam bastante severos, subjugando a mulher soluçante de imediato, que congelou e disse:

- Ele...comeu apenas um pouco de pão e bebeu sumo de laranja. Qual é o problema? Há algum problema com os alimentos?

Logo a seguir ela olhou para os garçons na multidão de espectadores e disse:

- Deve haver algo errado com a comida em seu restaurante! Se algo acontecer com meu filho, não vou poupar ninguém!

Com este grito, os outros clientes entraram todos em pânico. Luana não pôde se dar ao trabalho de explicar, só podia dizer alto:

- Dispersem! Ele não consegue respirar! E vai buscar um copo de água depressa.

Alguns garçons foram buscar água, e outros estavam ocupados tentando acalmar os clientes. Em resumo, todo o restaurante estava em uma confusão.

Lisa não tinha certeza se Luana conseguiria; mas olhando para seu comportamento calmo e imperturbável, ela não tinha escolha a não ser confiar nela no momento.

Luana estava procurando algo para induzir o vômito de Aaron, mas foi difícil encontrar pauzinhos em um restaurante ocidental, e facas e garfos não eram seguros. Então sem pensar muito, ela lavou as mãos com água e empurrou dois dedos diretamente para a boca de criança, pressionando a base da língua dele.

- O que você está fazendo?! - Hélène, que tinha acabado de se acalmar, viu esta ação dela e rugiu imediatamente de novo, - Você está louca? Tira suas mãos sujas da boca do meu filho!

No segundo seguinte, a criança tinha ânsia de vômito; seguido pela rápida retirada de mão de Luana, a criança vomitou com um som doentio.

Os vomitados estavam espalhados pelo chão, emitindo um cheiro nojento e azedo. Multidão à margem se dispersou num segundo.

Hélène congelou, mal conseguiu conter seu vômito e cobriu sua boca e virou o rosto para outro lado.

- Água! - Luana bradou, sem se importar com a sujeira em suas mãos.

Lisa entregou a água apressadamente e a viu segurar o copo na boca de menino, alimentando para ele a água pouco a pouco.

Depois desta sequência, embora ele ainda não estivesse acordado, já parecia melhor, ou pelo menos não estava tão convulsionado como tinha estado antes.

Foi somente neste momento que Luana respirou e virou o rosto para a mulher que estava cobrindo a boca e o nariz:

- Seu filho é alérgico, você deveria ter sempre um remédio antialérgico, onde está?

Pelo argumento das duas pessoas, ela também entendeu a situação. Foi apenas porque Hélène não estava à vontade com ela e tinha medo de que aqueles ações que ela acabara de fazer prejudicassem Aaron.

Na verdade, Hélène não teve escolha a não ser fazer assim.

A alergia alimentar grave poderia levar ao choque, especialmente para as crianças. Se piorasse e não fosse dado primeiros socorros, poderia ser fatal.

Ela não podia ficar parada e ver criança sufocar até a morte, e tinha que fazer alguma coisa.

- Luana... - Lisa olhou para ela se desculpando.

Ambos os lados eram suas amigas e Hélène na verdade foi muito desrespeitosa lá atrás.

- Imagina. Posso entender suas preocupações como uma mãe. - Ela sorriu ligeiramente em compreensão.

No entanto, embora ela pudesse entender preocupações de uma mãe, ela não entendia como uma mãe poderia ser tão ignorante sobre seu próprio filho. Como ela poderia não saber nada sobre um assunto tão ameaçador para a vida?

Por insistência de Hélène, Luana foi com ela para o hospital. Lisa também foi junta porque estava inquieta.

Aaron foi levado para reanimação e as três esperaram do lado de fora. Hélène estava tão ansiosa que continuou andando no corredor, apesar de Lisa a ter confortado.

Olhando para sua expressão ansiosa, Luana pensou que ela mesma poderia ter pensado enganadamente. Foi impossível para uma mãe não se importar com seu filho. Talvez ela não tivesse pensado bem nas coisas. Ou talvez esta fosse a primeira vez que ela encontrou a alergia em filho.

Pensando nisso, Luana achou que não foi fácil criar uma criança. Há pouco ela achou que seria bom ter um filho, mas esse pensamento desapareceu no momento.

Houve uma súbita correria de passos no corredor, o som dos sapatos de couro no piso era sonoro. Antes que ela virasse a cabeça para ver de onde vinha o som, ela viu Hélène parar seu ritmo nervoso e mostrar uma expressão assustada.

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