Desta vez, ela voltou com algo a mais em sua mão, mas Luís não viu o que foi.
Luana levou o pequeno pedaço de aparas de madeira de volta para a mesa, ligando a lâmpada e se sentando para estudá-lo cuidadosamente. Essa fragrância era realmente muito especial, se dissessem que era uma mistura sintética, isso seria possível. Mas obviamente não era, era completamente pura e natural, com a fragrância da própria madeira.
Ela estava interessada e queria saber de onde vinha esta madeira, mas seria difícil encontrar se aquele adolescente não fizesse mais.
Para encontrar alguém -
Luana virou a cabeça para procurar Luís e lhe perguntar, mas ela não esperava tê-lo de pé atrás dela ao virar-se, o que por sua vez a assustou:
- Por que você está aqui?
- Então onde eu deveria estar? -Inexplicavelmente, sua voz estava cheia de algumas queixas, - Você finalmente me viu?
Luana ficou um pouco constrangida.
- Há algo que eu não consigo compreender. - Suavemente puxando o canto de sua camisa, ela disse.
- Não queria ignorar você deliberadamente.
- Não deliberadamente é o que me deixa mais zangado! – Ele beliscou o nariz dela, ainda não querendo ficar zangado com ela.
Luís olhou para a madeira na mão dela e depois perguntou:
- É isso que está fazendo você não compreender?
- Sim. – Ela acenou com a cabeça.
Apertando-o com dois dedos e levando-o até a ponta do nariz para cheirá-lo, ele enrugou a testa:
- Este pedaço de madeira cheira bem.
- É, não é mesmo? Você também acha que cheira bem, não acha? Mais importante ainda, o cheiro é muito especial, não é o habitual cheiro de sândalo, de madeira ou qualquer tipo de cheiro de madeira que já cheirei antes, nunca o vi antes - ela disse.
Luís não achou estranho:
- O mundo é tão grande, é normal não o ter visto antes. Talvez seja uma espécie que nunca vemos, ou talvez não seja puramente natural, e há técnicas de enxerto, não é mesmo?
- Você quer dizer sintético enxertado? - Luana sacudiu a cabeça:
- Já vi outras assim quando estive em Estado de Sul, e as matérias-primas de aquisição para este novo produto são assim, mas esta não. - Só por causa disso, ela estava extraordinariamente interessada.
Ao ver seu rosto triste, Luís pensou por um momento e disse:
- De onde você tirou isso? A oficina de talha?
- Sim.
- Isso é fácil, basta perguntar ao proprietário de onde a matéria prima foi obtida e ficará claro. - Ele se endireitou, pensando que a pergunta não foi muito complicada.
- Não, o proprietário não sabe disso. Eu recebi este pequeno pedaço de aparas de um cara que trabalha como faz-tudo em sua loja. Acho que ele é o único que sabe de onde isto veio. E eu ia pedir a ele que guardasse um pouco para mim, mas de repente ele se demitiu. - Luana suspirou silenciosamente, um pouco deprimida.
- Um cara? - Estreitando um pouco os olhos, o ponto das palavras de Luana que ele pegou não parecia ser o mesmo que ela estava tentando expressar.
Entretanto, Luana, que ainda estava imersa em sua depressão, continuou:
- Bem, eu não acho que ele deva ser tão simples quanto um artesão comum que trabalha como um faz-tudo. Eu me pergunto se sua súbita retirada de fazer isso tem algo a ver com esta madeira.
Pegando a madeira e olhando para ela com cuidado, ela não tinha certeza se a coisa toda estava ligada de alguma forma, digamos, era um palpite.
- Você não? - Olhando para ele, Luana murmurou levemente.
- Eu não sei quem foi há pouco, cujos olhos podiam comer pessoas, e ele ainda disse que não estava com ciúmes.
- Você tem certeza, são meus olhos que podem comer as pessoas, não os outros? - Provocado por ela, ele de repente se abaixou e a pegou do banco.
- Ou isto é um convite disfarçado seu para eu te comer?
- Ah! - Como corpo de repente foi levantado, Luana exclamou e subconscientemente envolveu seus braços em torno de seu pescoço, - Eu não disse isso, não interprete mal meu significado deliberadamente.
- É verdade? Então o que você quer dizer? - Colocando-a na cama, ele descansou sua testa contra a dela e a viu falando.
Bem, foi realmente mais confortável estar nesta posição de conversação, tão próxima, tão íntima, que lhe daria a sensação verdadeira de tê-la.
- Luís... - suspirando suavemente e envolvendo suas mãos em torno de seu pescoço, ela disse.
- Não há ninguém neste mundo que possa se comparar a você, ninguém.
Originalmente apenas brincando com ela, ouvindo suas palavras, Luís mostrou uma expressão facial complexa. Olhando para ela com tanta emoção, junto com sua palma acariciando a bochecha dela, ele sussurrou:
- Você sempre vai pensar assim? Você vai?
Luana estava na verdade um pouco confusa, dado seu status, ele era definitivamente mais do que suficiente para si mesma. Mas sempre parecia não ter sensação de segurança. Ele era digno demais para si mesma, tão excelente que ela se perguntava de vez em quando se estava vivendo em um mundo de sonho fantasioso.
- Sim, vou! - Ela acenou vigorosa e enfaticamente.
- Sempre vou pensar assim, não tem ninguém neste mundo que possa se comparar a você. Luís, você é o melhor. Te amo!
Puxando sua cabeça para baixo, ele a beijou ferozmente, expressando seus sentimentos de forma prática, soltando um suspiro de sua garganta.
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