- Sério?
Não foi que Roberta duvidasse de sua capacidade. O cheiro era tão impactante, como um fluxo de ar que corria pela cavidade nasal diretamente para a parte de trás da cabeça, até mesmo rompendo a cabeça.
A primeira parte do cheiro já era tão pungente que era difícil dizer quão desagradáveis seriam a parte do meio e a parte posterior.
Mas foi óbvio que ela estava de mau humor, e Roberta não a queria perturbar, então ela disse:
- Bem, já que está feito, vamos arrumar o laboratório e voltar. Já é tarde.
- Vou levar ela de volta - propôs Heloísa.
Como sempre, elas pegaram um táxi, mas assim que as duas entraram no táxi, o motorista sorriu e fez uma brincadeira:
- Meu Deus! Senhoritas, vocês usam muito perfume!
Heloísa sorriu timidamente. De fato, como perfumistas, era verdade que muitas vezes havia odores estranhos em seus corpos. Por isso, nem sempre cheiravam bem. Afinal, o cheiro das especiarias era muito complexo, e tinha vários processos de refinação.
Elas já estavam acostumadas aos diferentes olhares que se receberiam em público, mas foi raro um cheiro tão forte e especial como o de hoje.
Mesmo alguém como Heloísa, que estava exposta às especiarias há muito tempo e ficou acostumada, sentiu-se fedorenta, sem mencionar os leigos.
Obviamente, Luana tinha algo em mente, mas não disse nada. Ela entrou no carro e olhou pela janela. Ninguém sabia do que estava pensando.
O motorista era um tagarela e não conseguia parar de falar quando começava; dirigindo com as janelas casualmente abertas, ele perguntou:
- Vocês se importam se eu deixar as janelas abertas para apanhar um pouco de ar?
Heloísa sorriu envergonhada e balançou a cabeça. De fato, com a brisa noturna o ar dentro do carro ficou um pouco melhor.
- Senhoritas, que marca de perfume vocês compraram? É realmente pungente! - perguntou o motorista enquanto dirigia.
- Uma marca obscura. - Heloísa riu envergonhada novamente.
O motorista respondeu:
- Não admira que seja tão forte! Eu digo a vocês, este perfume não precisa ser particularmente forte para cheirar bem. Às vezes um perfume mais leve é especialmente sedutor. Já cheirei este tipo de perfume ade uma senhora antes. Não senti nada quando ela se sentou, mas quando ela saiu do carro, percebi que meu carro cheirava bem, em todos os lugares.
- Não sei que marca de perfume é, mas acho que deve ser uma marca famosa.
- Por que acredita que é uma marca famosa? - Luana, que tinha ficado em silêncio, de repente falou.
Sem mencionar Heloísa, o motorista também torceu a cabeça um pouco inesperadamente e atirou um olhar para ela:
- É óbvio! Só os perfumes de grande marca têm essa longa duração, e esse cheiro... Acho que não só é de uma grande marca, mas também de uma marca internacional!
- Pensei que se ganhasse dinheiro suficiente, compraria uma garrafa para minha esposa também, mas infelizmente não sei que marca é!
Luana não disse nada depois disso até sair do táxi e antes de fechar a porta, ela olhou para o motorista e disse palavra por palavra:
- Não são apenas as grandes marcas internacionais que são as melhores!
O motorista ficou confuso com suas palavras.
Ela se endireitou e fechou a porta.
Foi a segunda vez que Heloísa veio a Vilas de Pluméria. Da primeira vez, ela pegou o carro de Luís, acompanhando Luana. Ela estava tão nervosa e preocupada que não tinha oportunidade para dar uma boa olhada. Quando caminhavam, ela descobriu que o preço exagerado não era a razão única pela qual Vilas de Pluméria era uma casa de luxo.
O valor das vilas grandes e luxuosamente decoradas se refletia mais em detalhes.
O espaçamento entre cada vila era grande, garantindo luz solar suficiente e dando aos residentes espaço privado. A área verde chegou a mais de 60 por cento, portanto, podia-se dizer que Vilas de Pluméria era um parque privado. Já ficou muito bonito à noite, e deveria ser ainda mais maravilhoso se for de dia.
Quando seguia Luana, Heloísa absorveu em geral a beleza de Vilas de Pluméria antes de entrar na casa que a fez espantada.
- Sinta à vontade. - Luana trocou os sapatos. - O que você quer para beber?
- Tanto faz. - Embora não fosse a primeira vez que ela estava aqui e desta vez só havia as duas, foi inevitável que ela ainda estivesse um pouco nervosa em uma casa tão grande e luxuosa, e não parecia certo onde colocar suas mãos e pés.
Heloísa sentou-se no sofá e olhou em volta. Luana trouxe dois copos de suco. Ela pegou um deles e fez uma pergunta em seu coração:
- Nesta casa, vocês dois são os únicos que vivem aqui? Sem empregadas?
Ela se lembrou de ler romances e ver televisão, que havia muitos empregados nas famílias mais ricas, por isso, era as famílias animadas.
- Luís gosta de tranquilidade bem como eu. Alguém virá regularmente para limpar e arrumar o gramado e o jardim, e fazer as tarefas domésticas. Deste modo, podemos ter mais espaços privados. - Ela estava de acordo com Luís sobre este ponto.
- É verdade que os ricos pensam de uma forma diferente que as pessoas comuns têm dificuldade de entender. - Enquanto relaxava da conversa, Heloísa se inclinou para trás, - Se fosse eu, eu contrataria uma centena de empregadas para limpar a casa, cozinhar para mim, lavar minhas roupas, me dar massagens e conversar comigo todos os dias, o que é uma vida bastante feliz.
Luana não pôde deixar de rir.
- Uma centena de estranhos na casa todos os dias. Você tem certeza de que não vai ter medo?
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