A Maçã nos Olhos de Luís romance Capítulo 135

O jovem ficou em silêncio por um tempo, mas ainda tinha muita certeza:

- Sim!

- Alguma pergunta?

- Não! Sendo assim, quero esta madeira. Ainda não decidi o que esculpir e, quando o fizer, vou dizer ao seu dono - ela sacudiu o pedaço de madeira e se virou para ir embora.

- Não dá! - o jovem disse apressadamente atrás dela.

Luana ficou parada, virou-se e olhou para ele.

- Não sei o tamanho do entalhe que você vai fazer, a madeira não é necessariamente suficiente - ele franziu a testa, parecendo hesitante e perturbado.

- Não me importa que seja suficiente ou não, é só pedir ao seu dono para comprar - Luana sorriu e falou casualmente. - Você não precisa se preocupar com isso, seu dono cuidará disso.

- Mas... - ele franziu os lábios. - A madeireira também carece desse tipo de matéria-prima, enfim, essa madeira não dá.

Aparentemente ele estava escondendo alguma coisa. Luana não perguntou diretamente, apenas sorriu, virou a cabeça para olhar para ele e disse:

- Irmãozinho, você não está sendo honesto.

- Você não é alguns anos mais velha que eu, por que me chamar de irmãozinho? - parecendo desagradável ser chamado assim, disse ele. - De qualquer forma, esta madeira não dá.

- Se isso não funcionar, eu vou encontrar seu dono - ela sabia o ponto fraco dele e foi fácil irritá-lo.

- Porra! - ele estava chateado com duas bochechas salientes, que parecia bem fofo. - Por que você tem que usar esta madeira? Eu posso usar outra e garanto que o efeito é tão bom quanto. Não, será o melhor!

Luana riu:

- Já que é a mesma coisa, por que você não pode usar essa madeira? Há algo de especial nela?

- Ou seja, é diferente de outras madeiras? Por exemplo, o perfume? - Ela se aproximou dele passo a passo, obviamente ela estava falando com um sorriso, mas o jovem sentiu uma profunda ameaça.

A mulher à sua frente tinha uma aparência gentil e não parecia glamorosa e extravagante, mas exalava uma aura que o fazia querer fugir. Ele franziu a testa e olhou para ela:

- Quem exatamente você é?

- Quem sou eu? Sou cliente de sua loja!

Luana respondeu, olhando para o pequeno pedaço de madeira em sua mão.

Parecia madeira comum, mas havia uma mancha incomum no corte, que parecia um muco após um longo tempo de secagem que saíra depois de ser cortado a madeira.

Mas eram esses lugares que exalavam um aroma inebriante e incomum, diferente de tudo que ela já havia cheirado antes, e diferente de qualquer sintético. Era puro natural, e ainda tinha a fragrância original de madeira.

Ela pensou que nunca tinha visto esse tipo de madeira antes, será que foi enxertadao a madeira como o pau-rosa de folhas pequenas que ela reservara da última vez na base do jardim no Estado de Sul?

Mas afinal, cada indústria tinha seus próprios regulamentos, e as oficinas de escultura em madeira não lhe diriam facilmente a origem da madeira. Mesmo que você só quisesse saber que tipo de madeira cheirava assim, por que eles deveriam confiar em você?

Além disso, mesmo que eles acreditassem em você, por que eles tiveram que te ajudar?

Luana sabia que não era apropriado perguntar diretamente, então simplesmente fez um pedido e pediu para usar essa madeira.

Como ela esperava, este pedaço de madeira era definitivamente especial, o que deixou o jovem tão nervoso, até mesmo a perseguindo.

- Bem... - ele suspirou, sem sua raiva anterior, e deixou de lado sua postura cautelosa. - Para ser franco, este tipo de madeira não tem muito, e é difícil comprar. Se for personalizar itens pequenos, posso fazer um ou dois, mas se for grande, não tenho!

Olhando para o seu perfil, Luana acreditou absolutamente que o que ele dizia era verdade:

- Meu nome é Constantini.

- Constantini...- um nome bem elegante, bastante inconsistente com seu mau humor.

Vendo o jovem se afastar, ela continuou andando, mas foi bloqueada por uma figura alta logo.

Essa pessoa era alta, e a estrada já era estreita, quase bloqueando seu caminho.

Luana achava que a pessoa era familiar, mas não conhecia muitos estrangeiros, e nasceu com uma leve cegueira facial para estrangeiros. Então ela levou um momento para perceber que essa pessoa era de Lorenzo, que ela tinha visto da última vez no Estado de Sul.

Na festa de degustação, ele foi um convidado especial e pareceu conhecido na indústria de perfume.

No entanto, como ele se desenvolveu principalmente no exterior, não se sabia muito sobre sua situação no país. Então ela não sabia por que ele trabalhara para Lorenzo bem como o relacionamento entre eles. Não só ela não sabia, ela não estava interessada.

Havia pouca interseção entre eles, mas ele obviamente estava vindo para ela. Luana parou e olhou para ele:

- Com licença.

- Srta. Luana... - Benedito falou devagar.

Nos últimos dias, tornou-se mais fluente em português. Ele olhou para ela desenfreadamente, com intenção maliciosa em seus olhos.

O olhar deixou Luana desconfortável. Sua expressão se tornou sombria, e ela repetiu novamente:

- Com licença.

Inesperadamente, em vez de deixá-la ir, ele estendeu a mão para ela...

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