Sem opções, ele acabou cedendo ao sentimento que nutria por ela. Cassandra deu uma risada divertida, que aos poucos foi se acalmando enquanto ela tirava um lenço do bolso e o estendia a Quentin.
— Aqui. Limpe-se — disse ela.
Quentin lançou-lhe um olhar esperançoso, com uma expressão travessa.
— Minhas mãos estão sujas de trocar o pneu mais cedo — brincou. — Você bem que poderia me ajudar, não?
Cassandra suspirou, mas ergueu a mão e limpou o rosto dele com delicadeza. Quentin fechou os olhos, suspirando de contentamento.
— Você é incrível, querida — murmurou ele, aproveitando o carinho.
— Dá um tempo, Quentin! — Cassandra riu, balançando a cabeça.
Pouco distante, Thaddeus observava a cena com os punhos cerrados ao lado do corpo, o rosto carregado de uma expressão sombria e o olhar sombrio fixo em Cassandra.
Percebendo a tensão em Thaddeus, Meredith também olhou na direção deles, com o olhar enciumado. Forçando um sorriso, ela disse:
— A Sra. Raeburn e o Sr. Lauper parecem ter um laço forte, não é?
Desviando o olhar, Thaddeus assentiu vagamente. Sua voz era fria ao responder:
— Vamos embora.
Sem responder, Meredith o seguiu. Uma parte dele desejava ir até lá e afastar Quentin de Cassandra, mas ele não tinha esse direito. Afinal, Cassandra já havia rompido o vínculo que existia entre eles.
Com o grupo pronto, dividiram-se em três carros e partiram. Cassandra e Quentin voltaram direto para a Matilha Asterius. Assim que chegaram, foram recebidos por Barbara, que sorriu calorosamente ao ver Cassandra.
— Cass, se divertiu neste fim de semana? — perguntou ela, pegando a mão de Cassandra.
Cassandra assentiu com um sorriso, aceitando a fruta que Barbara lhe ofereceu.
— Me diverti, sim.
Barbara deu uma risadinha, parecendo satisfeita.
— Fico feliz em ouvir isso. Mas me diga, aconteceu algo especial por lá?
— Especial? — Cassandra franziu o cenho, surpresa. — Do que está falando, Sra. Lauper?
O sorriso de Barbara oscilou.
— Ah, nada demais... só me pergunto se você caiu em algum buraco ou ficou presa em algum lugar. Nada assim aconteceu, né?
Cassandra riu.
— Não, nada do tipo.
Barbara suspirou aliviada e deu uma risadinha, balançando a mão.
— Deve ser influência dos programas de TV que tenho assistido. Neles, sempre que alguém vai de férias, acaba preso em alguma enrascada.
— Relaxe, Sra. Lauper. Essas coisas só acontecem em séries — tranquilizou Cassandra. — A realidade tende a ser menos emocionante.
Barbara sorriu, mas um toque de desconforto ainda a rondava.
— Tem razão — murmurou ela, levantando-se. — Vou buscar uma coisa lá em cima. Você aproveite para relaxar.
Quando Barbara chegou ao quarto de Quentin, ele acabara de sair do banho.
— Mãe, o que está fazendo aqui? — resmungou ele.
Ela ignorou o mau humor dele e foi direto ao ponto:
Depois de organizar tudo, sentou-se em seu escritório para revisar a proposta sobre a tecnologia de energia renovável, que deveria entregar no dia seguinte. Após horas de trabalho, ela enviou o material para revisão, e os retornos foram positivos, reforçando sua confiança.
Concentrada, Cassandra só notou o horário quando a fome apertou. Olhando para o relógio, viu que já passava das oito.
Enquanto arrumava as coisas, seu olhar caiu sobre uma chave na gaveta. Era a chave que Agnes lhe dera no hospital, dizendo que guardava um segredo na residência Raeburn. Um segredo que ela deveria descobrir.
Cassandra segurou a chave por um momento, sentindo um conflito interno, mas logo a devolveu à gaveta.
No dia seguinte, Cassandra chegou ao Grupo Horizon, onde foi recebida por Ashley.
— Sra. Raeburn, enquanto esteve fora, o Sr. Dunn andou convencendo alguns dos seus apoiadores a mudar de lado — informou Ashley.
Cassandra não se surpreendeu. Balthazar estava focado em assumir a liderança da empresa, então fazia sentido que ele tentasse minar sua influência.
— Então alguns foram persuadidos? — disse, calma. — Melhor agora do que traindo no futuro. Certifique-se de que esses saibam que, ao apoiarem Balthazar, perderão os benefícios comigo. E tome providências para substituí-los por pessoas confiáveis.
Ashley assentiu, impressionada com a firmeza de Cassandra.
— E quanto aos protegidos do Sr. Dunn? — ela perguntou, hesitante.
Cassandra sorriu.
— Deixe claro para Balthazar que, se ele interferir, venderei parte das minhas ações ao maior concorrente dele. Ele não vai gostar de ter um novo inimigo.
Ashley sorriu, reconhecendo a estratégia afiada de Cassandra.
Logo depois, Cassandra seguiu para uma reunião. Ao cruzar o corredor, encontrou Balthazar, que a olhou com desdém.
— Você realmente acha que me impediria vendendo suas ações? — ele questionou, com uma expressão de desprezo.
Cassandra havia reagido de forma inesperada, agindo com decisão e tirando os executivos do caminho, para a frustração de Balthazar, que contava em convencê-los a ficar do lado dele.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A ascenção da Luna
Que pena, estava gostando do livro... Da força da Cassandra, aí de repente uma cena p o imbecil se transformar em herói?!?!...